sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Saldos, saldos, saldos!

Já há ssaaaaldos!! E eu, senhores, vou me mas é fechar em casa, tenho tanto que fazer (pois é, por acaso tenho mesmo), bloquear todos os sites de moda e lojas online para não me tentar, comprar apenas o que defini inicialmente que compraria (sapatinhos, três vestidos e um camisa transparente), que o dinheiro não cresce nas árvores...muito auto-controlo e sofrimento nesta hora...

quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Faculdade, faculdade

Devia ter passado os últimos dias a trabalhar afincadamente na produção de um texto de 6 a 8 páginas sobre a análise de um conflito laboral, mas não há maneira de me motivar para este trabalhinho da treta. A entrega é amanhã e tudo o que escrevi até agora foi uma página, uma miserável página que ainda por cima é só a introdução, que eu do trabalho em si estou a perceber muito pouco. Todas as minhas tentativas de acordar cedo e me pôr em modo produtivo logo às 9h da manhã acabam comigo a vegetar na cama durante uma hora, e a gastar a manhã a fazer tudo menos escrever este trabalho.À tarde há trabalho, daquele à séria e remunerado ao qual temos mesmo de comparecer se não o patrão corta-nos no ordenado, de modo que mesmo que a inspiração aparecesse à tarde (o que eu muito sinceramente DUVIDO que acontecesse), não haveria nada a fazer. Ainda bem que eu para o ano acabo (oh Deus queira!!!!), que já não há paciência para estes trabalhecos.

terça-feira, 25 de dezembro de 2012



O Natal em que recebi menos prendas foi também o mais feliz.

Porquê? Porque percebi que há coisas muito mais importantes que o dinheiro não pode comprar. A paz de espírito, a autonomia, a independência, a amizade e o bom humor.

E que o Natal não é a festa da família, não é o dia em que se comemora o nascimento de Jesus Cristo, não é a altura do ano em que os outros se curvam perante os nossos ímpetos consumistas, é sim uma data que nos puxa para reflectirmos sobre nós mesmos, o sítio onde estamos e para onde queremos ir. E a mim soube me bem voltar ao meu cantinho, depois da confusão da família, e perceber que tenho orgulho em ter chegado até onde cheguei, e a partir daqui é lutar consistentemente para melhorar.

Falta cerca de meia hora para terminar o Natal, mas...feliz Natal! E uma vida cheia de coisinhas boas.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Não vou ter prenda de Natal!

Hoje estava a dizer ao meu namorado "Depois dou-te a tua prenda de Natal quando me vieres buscar, o saco é grande levas no carro" e do outro lado do telemóvel ouvi um "Mas eu pedi-te alguma coisa? Não combinámos trocar prendas". O quê??????? Estou com vontade de ir trocar a camisola da H&M que lhe comprei e ir buscar um vestido para mim, e só não troco o conjunto de rato+teclado wireless da Worten porque aquela loja não tem nadinha que me interesse. Mas o que é isto??? É suposto os namorados trocarem prendas de Natal! Pensava que era uma regra universal! Ainda por cima foi a prenda que me consumiu mais dinheiro! Ai se eu soubesse!

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Hoje é dia de alegria!!!

A italiana com quem vivo vai EMBORA, é isso senhores, EMBORA. O meu coração está radiante de felicidade. Esta tipa tem demasiada vida social, entra pela casa dentro às 2h da manhã como se fossem duas da tarde, fecha-se no quarto a cantar aos berros, ouve música e filmes no computador com o som em stereo à meia noite, e ocupa-me o espaço todo do frigorífico (em retaliação eu ocupo o congelador). Mas hoje vi-a fazer as mala e espero que parta ainda hoje ou amanhã de madrugada, e que a peça que a vem substituir não nos saia mais cara que a rifa.

sábado, 15 de dezembro de 2012

O valor das prendas

Passamos a vida a repetir aquele chavãozinho muito popular: "O que conta não é o valor da prenda,conta o gesto".Ora vamos lá parar de nos armar em santinhos do pau oco, sff. Pouca pessoas há que se estejam nas tintas para a marca e o preço das coisas que recebem. O valor de uma prenda conta, e muito. Vamos pensar especificamente no caso das relações entre homens e mulheres, que foi um dos temas que suscitou esta reflexão.

As mulheres frequentemente queixam-se, ou pelo menos pensam, que os namorados são uns sovinas a dar prendas. Que nunca lhes oferecem o que elas gostam, quando elas até acham que são claríssimas a expressar os seus gostos (basta levar uma mulher a passear a um centro comercial para perceber o que ela gosta, os homens é que regra geral não ligam nenhuma e são incapazes de recordar em que loja é que ela viu aquela mala que gostou tanto ou, a lembrarem-se da loja, esqueceram qual era a mala em questão). Eu cá, tive um ex-namorado especialmente frugal com os presentes. Eu no Dia dos Namorados, Natal e aniversário recebia invariavelmente um colarzinho ou uma pulseirinha, dos quais eu nunca gostava (pois, o tipo não acertava mesmo com os meus gostos). Cheguei a receber no Natal um colar (horrível) que o rapaz anunciou ter oferecido também a uma amiga, o mesmo modelo na mesma cor (homens, NUNCA se dá a uma namorada a mesma prenda que se dá a uma amiga, NUNCA NUNCA NUNCA, sob pena de perderam uma das duas, geralmente a namorada), um ursinho de peluche minúsculo porque o maior que eu tinha gostado era mais caro (custava 20euros!!!!), trouxe-me do algarve uma conchinha que nem sequer era concha (uma coisa pavorosa, plana e com uns riscos estranhos), de um cruzeiro um colarzinho de fio preto com um coração na ponta e umas sandálias que alguém tinha esquecido debaixo da cama do camarim dele. Nada disto seria problema, se o jovem vivesse realmente em apuros financeiros. É verdade que o rapaz em questão era bastante poupadinho, mas comprou para ele mesmo uma playstation, comprava jogos para a playstation, e estourava regularmente somas consideráveis em tabaco e ganzas. Ora, um homem que é capaz de gastar 20 euros em bebida numa saia à noite, mais 10 euros no taxi, e não é capaz de dar 20euros por um peluche para a namorada...TEM UM PROBLEMA MUITO GRAVE.

A questão, aqui, não é o valor de uma coisa per si. A questão é que um homem deve ser capaz de gastar tanto dinheiro na namorada quanto nele próprio, e vice-versa - a regra de ouro é essa. Se um homem compra televisões XPTO e acessórios para tunnar o carro e jogos para a PS3 e depois a namorada vê-se a modos com um colarzinho da feira todo o santo Natal, há qualquer coisa muito,muito mal.

Tive um problema quase semelhante com o meu actual namorado, que me confessou que pagava imensa coisa à ex-namorada dele, que tinha conseguido poupar dinheiro desde que não estava com ela, e que são geralmente os homens que pagam as coisas as mulheres. Ora, eu sou uma mulher moderna, ganho o meu próprio dinheiro e tenho orgulho em fazê-lo, não vou deixar que um homem ande atrás de mim a pagar me tudo, e tenho orgulho em poder dividir a conta e não deixá-lo sacar do cartão sozinho. Mas, espera lá...tu ganhas exactamente o mesmo que eu, tens nem metade das minhas despesas, pagavas imensa coisa à tua ex-namorada, gostas de ir jantar fora, e a mim, nem um cafézinho...calma aí que isto tem de ir ao sítio.

Foi ligeiramente ao sítio, que eu pago a renda do meu quarto, a minha alimentação e as minhas despesas da faculdade e ele vive com a avó, desculpa lá mas se queres jantar fora todas as semanas toca de puxar da nota sff que eu não sou menos que ninguém (e não é só uma questão de ir à bancarrota com tanto jantar e tanto cinema quando na realidade nem sequer faço muita questão de uma coisa nem de outra, é também um caso de eu não ser menos que uma ex-namorada, exijo as mesmas condições ou melho ainda, sff).

Meninas, não sejam cínicas sff. Rara é a mulher que não fica desiludida quando vê que recebeu mais uma moldura para ir ganhar pó na estante em vez daquele par de sapatos que tem sido mencionado em todas as conversas que aconteceram três meses antes do Natal. E ver o LCD novo na casa dele.

Atenção que há que ter cuidado com o que se pede: nada de pedir ao namorado um vestido de 100euros se nós próprias seríamos incapazes de dar esse dinheiro por uma peça de roupa. A não ser, claro, se o namorado for multi-milionário e capaz de dar 100euros por um par de cuecas com a mesma facilidade que eu dei 2euros por um colar na Primark.

Por isso, meninas, já sabem: se ele vos dá uma bugiganga pelo vosso aniversário e bem o vêm a estourar dinheiro em jogos para a PSP e copos na discoteca...é favor fugir.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Devaneios

Estou de tal modo feita num caco que em vez de me pôr a escrever o trabalho de Recrutamento (foi por essa razão que prescendi da minha caminha às 11h da noite...right), me pus a ouvir canções de amor e a choramingar. Eu, que já não caía nesta decadência há meses, meses, voltei ao fundo do poço, mandem-me para os alcóolicos anónimos por favor.



E tenho uma mente de tal modo depravada que na aula a minha Professora fala em fator G e sensibilidade máxima e eu controlo-me para não rir.

É do Natal. Do Natal e do fim do ano. Já disse que não gosto de nenhuma das datas?

Natal,Natal

Eu odeio o Natal. Bem, não é propriamente odiar, é mais achar que é uma época triste, pelo menos na minha família. No Natal há sempre confusão, invariavelmente protagonizada pela minha avó paterna, que este ano começou mais cedo e tudo. Natal é a altura do ano em que a família não se junta, mas consegue arranjar intrigas em larga escala e implicar nelas um maior número de familiares. É aquela altura em que se fazem escolhas estilo passar o Natal com a mãe ou passar o Natal com o pai, dizer ou não que não gostei da prenda, o que oferecer a cada pessoa, arranjar à minha avó uma coisa barata mas que pareça cara para ela não se queixar que só lhe damos coisas do chinês. Depois do Natal, vem o Ano Novo. E eu não sei o que é pior. O Ano Novo também é uma altura muito triste do ano. Isto porque em vez me ir embebedar até cair pro lado e não me lembrar de nada no dia seguinte como uma pessoa normal, dá-me para pensar em tudo o que correu mal na minha vida. Todos os anos, invariavelmente, apercebo-me que a minha vida não está bem onde eu gostaria que estivesse e que ando a desperdiçar tempo, e só gostava que o dia 31 passasse e o dia 1 fosse um dia normal com gente na rua e um dia de trabalho pela frente para me esquecer que passou mais um ano, já que nem álcool tenho para me consolar. Eu só quero que Dezembro passe. Eu só quero que Janeiro chegue, e depois quero que o meu aniversário passe depressa sem que eu sequer me aperceba que ele já passou e que ninguém se lembre que foi há N anos que eu vim ao mundo. Por mim os anos acabavam em Novembro e recomeçavam em Abril do ano seguinte.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Reflexões do dia

1. As apresentações de grupo NÃO SÃO para ser finalizadas no próprio dia da apresentação, 15 minutos antes de ser a nossa vez, enquanto os outros grupos apresentam. Existe uma coisa chamada ter se respeito pelos outros e eu já nem falo em ser se responsável, achei que essa era óbvia. Mas ter em consideração que há pessoas que não querem estar acordadas até às 2h da manhã na véspera do dia da entrega e que gostam de chegar à apresentação e saber sobre que tópicos vão falar seria simpático.

2. Os meninos universitários que escrevem para a página do MSN fazem um trabalho público que é zero. Aquele artigo sobre os trabalhadores estudantes foi escrito por alguém que certamente nunca trabalhou um único dia na vida, quanto mais estudar e trabalhar. De um modo geral, tudo o que é ali escrito é de fraquíssima qualidade e quase sempre cliché.

3. É impressão minha ou a Sábado é o Correio da Manhã dos jornais?

4. Há demasiados jogos de futebol. Demasiados campeonatos de futebol, demasiadas ligas de futebol, demasiadas divisões e demasiadas equipas de futebol. Sábado não vamos jantar a casa da minha avó porque joga o Benfica, o que até nem é um drama por aí além porque não faço muita questão de jantar na minha avó. Mas, senhores, o Benfica joga semanalmente, e se não é o Benfica é o Sporting ou o Porto ou o Real Madrid. A única altura em que a jornada do futebol parece acalmar é no Verão, quando ele gosta de sair à noite e eu acho que é a melhor altura para ter as benditas 8 horinhas de sono diárias, eu odeio praia e ele gosta de dormir até à hora de almoço e passar a tarde a torrar ao Sol.

5. O lavar roupa suja em público (nomeadamente no Facebook), é um clássico que uiii, vocês nem imaginam. Quando vejo certas coisas lembro-me logo do meu pai a dizer que não gosta de espectáculos em público e penso na falta de decência e respeito pela intimidade dos outros que esta gente tem. E quando se perdem os pudores e se passa das indirectas a insultos claramente dirigidos a Fulano e Beltrano, Jasuses, o nível sobe que é uma coisa doida.

6. Estou com um défice de sono que não dá para imaginar, olheiras até aos joelhos e umas trombas que vão daqui até a China a arrastar pelo chão.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Faculdade, a quanto obrigas (2)

Eu não tenho paciência para estes trabalhos acabados às 2h da manhã na véspera do dia da entrega. A sério que não. Se as tarefas estão planeadas e divididas há um século, custava assim tanto, TANTO ir fazendo alguma coisa antes de chegar a véspera do dia da apresentação do miserável trabalho? Nem que não fosse só para perceber que se calhar estamos a meter areia a mais no nosso camiãozinho e que vamos precisar de ajuda para esta e aquela parte, ou que temos ideias diferentes que a do colega que já fez a parte dele e vamos ter de nos coordenar. Senhores, eu sei que a vida de faculdade já é trabalhosa só por isso, mas os dias têm 24 horas o que, para quem só está na faculdade, significa que tem tempo mais que suficiente para não deixar tudo para a última, ou será que custa assim tanto passar uma tarde a menos no café e umas horas a mais agarrado ao computador em modo produtivo?

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Taylor Swift diz que não sabe fazer uma relação durar

http://myway.pt.msn.com/noticia/taylor_swift_nao_sei_como_fazer_um_namoro_durar_10587.aspx

(link para a notícia em cima)

(Mais abaixo, Taylor Swift diz que já não sabe a quantas pessoas disse "Amo-te")

Eita amiga, é que és tu e eu! Vendo bem, vai na volta e temos muita coisa em comum. Mais não seja o ar de sonsinha que não parte um prato, parte é a loiça toda. E claro a fama, e a vozinha de melro cantador, e por aí fora.

Mas, se quiseres conselhos, eu cá me convenço que nisto de fazer as coisas durar, a solução é ter paciência. Muita paciência, e inspirar fundo muita vez. Mais tolerância com os defeitos dos outros, que este meu lindo feitiozinho também não é toda a gente que atura.

Catch 22




Acabei há uns dias. Não é daqueles livros que se lêem num fôlego, mas espantei-me que seja possível que um livro que não se devora em três tempos seja igualmente capaz de apaixonar. É principalmente a escrita que é fascinante. Cheia de humor negro, ironias e paradoxos. A história, é essa, é uma confusão onde é fácil perdermo-nos, mas isso é o menos relevante.

Estou entre o 4/5 estrelas e o 5/5.

sábado, 8 de dezembro de 2012

Sonhos de Natal



Sou pessoa de posses tão modestas que os meus sonhos de consumo são malas e relógios Fossil. Há quem sonhe com Dolce & Gabbana, há quem sonhe com Prada, mas eu nem me aventuro por aí, que não me enganam com essa de que uma tshirt branca que custa uma fortuna só por ter lá pespegado o nome do designer é de melhor qualidade que uma sósia de uma loja mais modesta, ai não não.


Quanto a estes relógiozinhos, para mim era um de cada cor sff. Se não der fico feliz só com o cor de rosinha.

Consta por aí que o Pai Natal este ano tem poucas posses e até há uns malandros que apregoam que ele nem existe, que quem compra as prendas são os nossos pais, que este ano nem subsídio de Natal têm, outros nem emprego. Mas não faz mal, vou ser menina paciente e vou esperar até conseguir atrair ventos favoráveis à minha conta bancária, que eu nem sou moça de ficar à espera que as coisas que quero me aterrem no colo.

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Ele há coisas...

- Estou a desmaiar de sono desde as 9h da noite;

- Ando desde de segunda-feira a dizer que vou fazer o meu trabalho de Recrutamento e Selecção, e ainda nem o comecei;

- Também desde segunda-feira ando a prometer a mim mesma que vou passar a ferro, aspirar o quarto e coser os botões em falta em dois ou três dos meus casacos, mas ainda não o fiz. Já sexta-feira passada tinha dito a mim própria que ia começar logo no fim de semana a bombar e a fazer coisas, e até agora nada ou pelo menos muito pouco;

- As minhas férias acabam segunda-feira, e todos os meus dias foram programados, planeados e mega ocupados como eu não esperava que fossem. Tempinho para acordar, vegetar na cama com um livro e passar o dia todo a fazer rien de rien? Nem vê-lo!

Vai aonde te leva o desejo




Porque é que as meninas que aparecem nestes livros são beijadas e parece que vão ter um ataque epiléptico? E eu aqui sem borboletas no estômago e arrepiozinhos na barriga há pelo menos um milénio.

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Faculdade, a quanto me obrigas

Se há coisa que eu detestei no ensino obrigatório e que me fez estar mortinha por chegar à faculdade, foi a falta de autonomia. Sempre gostei de orientar o meu estudo, de ter o meu próprio método, adequado ao meu ritmo e às minhas necessidades, de ir mais além, de procurar onde o Professor não mandou procurar, de saber mais do que apenas o que o Professor disse na aula e de chegar às minhas próprias conclusões. Chegar à universidade e ser "atirada aos leões" com Professores que põem na frequência matéria que não deram em aula (mas que está na bibliografia), que não dão fotocópias dos livros (tirem vocês se quiserem), que às vezes até explicam mal e porcamente e a gente que se amanhe para entender. Tudo o que a malta não gosta e que considera um entrave à adaptação na faculdade (e que serve de justificação para eventuais notas mais baixas no primeiro ano), eu adoro. A liberdade para gerir o meu tempo, o meu estudo, a minha aprendizagem e em última instância tomar as rédeas daquilo que me fará crescer enquanto profissional.

Eu este ano dou por mim presa num grupo de trabalho e que acha que a autonomia é a pior invenção desde os reality shows. Sim, têm boas cabeças, uma excelente capacidade de planeamento que eu não tenho, mas eu odeio, odeio mesmo, viver agarrada ao trabalho do ano passado e eternamente dependente do feedback do Professor. Não se pode fazer nada que não esteja exactamente assim no livro, que não seja igual no trabalho daquele grupo que no ano passado teve 16, que o Professor não aprove. Já desisti de tentar meter ao barulho as minhas ideias, "porque no trabalho do ano passado não está assim" e "no livro vem diferente". Ainda estou a tentar descobrir onde é que no meio daqueles trabalhos vai estar o nosso cunho pessoal. É que fazer um trabalho, para mim, é a melhor oportunidade para pensar de forma autónoma. Não gosto de fazer exactamente o que os outros fizeram. Gosto de pensar por mim mesma, de encontrar as minhas próprias soluções, de arranja respostas novas para velhos problemas. Gosto de fazer o que acho correcto e ver que nota isso me dá, ver o que o Professor, enquanto pessoa mais experiente quer no mercado de trabalho quer no corredor da faculdade, achou da minha perspectiva e da minha abordagem a um tema que regra geral é sempre o mesmo (na maior parte das cadeiras os trabalhos não mudam muito de ano para ano). Claro que os trabalhos do ano passado ajudam sempre a orientar o trabalho deste ano, e quando se chega àquele momento em que não temos bem a certeza se estamos no bom caminho há que pedir orientação ao Professor, mas longe de mim ir todos os dias chatear alguém a perguntar se "isto está bem?" e "isto está bem?" e "diga lá o que acha disto". E sim, é o Professor que dá as notas, e fazer tudo tal e qual como o Professor quer é capaz de garantir uma boa nota e notas bonitas ficam sempre bem no currículo mas, quando eu entrar para uma empresa, vai ser o Professor que se vai sentar lá a trabalhar por mim? Pois, não me parece.

Serve tudo isto para dizer que eu este ano tenho muito pouco orgulho nos trabalhos de grupo que estou a fazer.  Não são nada meus, não são nossos, não têm nada de novo nem arriscado nem original. E eu, mais que boas notas, gosto de ter orgulho nas minhas ideias.