quarta-feira, 24 de abril de 2013

Há dias em que sinto que não consigo fazer nada bem. O que quer que faça nesta vida, nunca conseguirei ter sucesso nesta vida. É preciso muita presença de espírito para me convencer a mim própria que isto são só macaquinhos na minha cabeça. Porque às vezes parece mesmo que não estou a chegar a lado nenhum.

domingo, 14 de abril de 2013

Sol, namorado, um passeio a pé, jantarinhos bons,um vestido novo: tudo o que era preciso pra pôr fim a uma semana de neura insuportável.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Missão: Descansar

O trabalho da faculdade acalmou (leiam bem, acalmou, ninguém disse que acabou ainda) e os planos para hoje e amanhã são descansar, beber cházinho e pôr algumas leituras em dia que bem preciso (mas atenção, só à hora de almoço e à noite, que de manhã tem se aulas e à tarde trabalha-se). Com esta história de fazer mil coisas nunca há tempo pra ficar deitada de pés pro ar e quando o há, geralmente é tempo de procrastinação que deveria ser usado para alguma tarefa escolar ou doméstica importante. Mas hoje e amanhã não. Hoje e amanhã estou decansadinha. Dentro dos possíveis (leia-se, fora do horário de trabalho e do horário de aulas), estou descansadinha!


Livro que anda a ser adiado há MESES. Mas vá, já o estou quase a acabar.


Cosmpolitan de Abril.

Cosmo UK de Janeiro (pois, eu sei...estou há quatro meses a ler uma revista. E a entrevista com a Taylor saiu na Cosmo de Abril em Portugal).

Entre hoje e amanhã é que eu dou cabo disto!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Faz coisa de uma semana que liguei o modo "estou farta de tudo nesta vida". Ando refilona, rabujenta, chateada, enfim, eu tento-me controlar mas não cheguem nem perto, só o respirar dos outros já me irrita! As aulas recomeçaram e isto de acordar cedo e viver na correria das aulas-trabalho-lida doméstica cansa-me, chateia-me e deixa me de mau humor. E não é só o acordar cedo, não é só o fazer mil coisas, é a frustração de saber que trabalhei e continuo a trabalhar tão afincadamente e que o me espera depois do curso muito provavelmente será não o desemprego mas o eterno trabalho no callcenter (que já é bom, eu gosto do que faço, mas não foi para isto que os meus pais me pagaram um curso, nem foi para isto que eu tanto me esforcei), ou os trabalhinhos da treta, os recibos verdes, as 9 horas de trabalho diário para ganhar 500€ (nessa não me apanham, trabalho 6 horas por dia e ganho mais do que isso), as sucessões de estágios, alguns não remunerados. Eu só pedia um trabalho full time a ganhar 700€. 700€ e eu já seria feliz, já acharia que tudo isto tinha valido a pena. Mas 700€? Aii, 700€ já é ordenado de rico. 700€ no país que temos já é uma utopia. Enfim. Só um desabafo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um país inteiro licenciado ou a inutilidade do canudo

Quando as pessoas das gerações acima de mim falam sobre a educação, é fácil ver a percepção errada que têm do valor de um curso universitário. Para os pais e para os avós (no meu caso, sobretudo para os avós), uma licenciatura é uma porta aberta para uma vida que eles não tiveram mas que desejaram ter. É um passe directo para um emprego estável, das 9h às 17h, com boa remuneração e perspectivas de promoção e evolução fácil na carreira. Ter na sua esfera pessoal gente com formação superior é, para quem já passou a barreira dos 40's, um orgulho digno de ser anunciado a quem queira ouvir.

Noutros tempos, ter um curso superior era raro, era privilégio exclusivo dos mais carolas, que com boas notas conseguiam bolsas para estudar (caso da minha mãe) ou dos mais ricos, era um cartão de visita que assegurava uma entrada feliz e bem sucedida no mercado de trabalho. Hoje, já não o é. Licenciados há os ao pontapé, e as pessoas licenciam-se nas mais variadíssimas coisas. Uma pessoa entra na faculdade encantada com as mil portas que pensa estar a abrir, e logo se desencanta quando percebe que licenciada como ela há mais uns poucos milhares por ano, que é possível tirar-se um curso e acabar-se tão desempregado como os outros que não estudaram, tão mal pago como as empregadas de limpeza que têm o 9º ano tirado nas Novas Oportunidades, tão desiludido e frustrado como todos os outros.

Para a geração dos nossos avós, um canudo é enorme prova de valor pessoal, de mérito, de inteligência, de estatuto. A verdade das universidades é que toda a gente entra lá e qualquer pessoa pode ser licenciada, basta ter dinheiro. Mesmo que não se entre no curso que se gosta entra-se noutro qualquer e quando se acaba é se tão licenciado como todos os outros, quer se tenha estudado Medicina ou História da Arte Medieval. 

Quando os meus avós me dizem que a minha prioridade é estudar, que devo esforçar-me por ter boas notas que isso só me vai trazer benefícios, que os estudos são o mais importante da vida, da minha vida, eu abano a cabeça condescendentemente, lembro-me de todas as pessoas que conheço que tiraram o meu curso ou outros e que acabaram com boas notas, que foram a acções de formação, que empreenderam projectos e que acabaram não melhor que os seus pais que mal o ensino obrigatório têm, e digo que sim, pois claro, os estudos são o mais importante. A fingir que acredito mesmo que a minha licenciatura e as minhas boas notas vão mesmo ser a porta para algum sítio bom.