domingo, 30 de junho de 2013

Hoje acordei com um email da Autoridade Tributária.

A minha reacção inicial foi logo: "F*$%aaaaaaaaaaa-se, o que é que eu andei a fazer? Será que me esqueci de declarar despesas? Rendimentos? Que raio?"

Mas não. Era só um email de agradecimento por ter solicitado à senhora do H3 que pusesse o meu NIF na factura.

Sinto que isto é um bocado Big Brother.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Eu odeio faltar ao trabalho.

Em quase dois anos nunca faltei um único dia, cheguei inclusivamente a ir a pé para o trabalho, quando morava a coisa de meia hora de distância de lá. Sempre achei que quem usa desculpas para se fugir ao trabalho é calão e preguiçoso e gosta de prejudicar a empresa. Pois, parece que amanhã é a minha vez de faltar. Há greve de transportes, o metro está fechado o dia todo e os serviços mínimos da Carris não são suficientes para me levar a lado nenhum. Chegar ao trabalho até consigo, porque andando a pé e com a ajuda do comboio consigo ir lá dar, o pior é voltar a casa: saio à noite e já não são horas para uma rapariga andar sozinha a passear por Lisboa, andar pra mais por zonas pouco recomendáveis.

O pior é esta sensação de culpa de saber que se amanhã não for trabalhar, também não fico o dia todo fechada em casa a martirizar-me. O namorado há de vir aqui buscar-me para passarmos o dia juntos e fazermos qualquer coisa. E o pessoal lá no trabalho a precisar de mim. Isto de se nascer com uma consciência...é mau.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O dia tinha sido bom.

Daqueles dias em que eu até estou chateada e sem grande vontade de estar com ele, mas ele consegue dar a volta.

Bastou ele dizer uma coisa errada para estragar tudo.

Um único nome errado e ficou tudo arruinado.

Foi a gota de água que fez transbordar o copo.

Eu sei que foram dez anos, mas o meu nome não é Soraia. (Não que o meu nome seja bonito, mas Soraia é trinta mil vezes mais pindérico e soa a stripper de muito pior qualidade que Melissa).

Eu já andava chateada e cheia de dúvidas por mil razões, e agora...o bicho rancoroso que vive em mim sabe que esta não escapa. Eu sou pessoa de ir deixando a coisa acumular e acumular até explodir, e agora acho que foi a altura. E se há coisa que não gosto é que me confundam o nome, ou se esqueçam dele. É regra de etiqueta básica lembrar os nomes das pessoas. E eu gosto que o meu namorado se lembre do meu nome.

Pessoas que lêem isto, se é que as existem, estão à vontade para dizer que estou a exagerar e que foi um deslize inocente e que ele estava simplesmente habituado a chamar o nome dela beréu béu béu pardais ao ninho. Eu já estava chateada com ele por várias coisas, acho que desta ou temos uma conversinha a sério ou  a coisa foi-se de vez!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TPM

Eu ando com a TPM, só que numa altura do mês que não tem nada a ver com a menstruação.

Ando chata, irritável, quezilenta. Não sei se é do tempo, se da época de exames, se da falta de perspectivas profissionais que me está a tirar também as perspectivas de vida, se dos senhorios sempre metidos cá em casa, se das dúvidas que ficam em realção ao ano que passou...eu não sei!! Só sei que nem eu me aturo, ninguém me atura e, neste momento, eu estou que não me recomendo!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hoje o dia vai ser de neura.
Passo a explicar porquê.

De manhã acordei duas vezes depois de ter tido não um, mas dois pesadelos. Quando acordo depois de pesadelos daqueles à séria, que me assustam mesmo, o meu humor para o resto do dia fica automaticamente alterado. Para além disso há o facto de ter acordado com a sensação de que nada na minha vida está propriamente como eu quero, e que também não está a caminhar para lá. Que há coisas que precisam de ser feitas, mas que eu não as faço (mil razões). Depois foi a visita dos senhorios. Odeio sempre quando os senhorios se metem cá em casa sem avisar, sempre com mil pretextos (uma das coisas que me frustra é não conseguir arranjar uma casa só para mim).

Por isso, hoje estou com um humorzinho em baixo. E tenho de estudar uma sebenta de quase 90 páginas para o último exame, uma cadeira secante e aborrecida. Tenho o quarto num caos. E no meio disto tudo ainda vou trabalhar. Lindo.

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Vamos saltar para a parte em que tiramos macacos do nariz um do outro"

Eu sou daquelas pessoas que acha que há coisas que não devem nunca ser feitas em frente à cara metade. Nunca, em tempo algum, eu acho admissível tirar macacos do nariz, arrotar de boca aberta ou soltar gases indevidos em frente ao parceiro. Nem que vivam juntos há mil anos, nem que namorem uma vida inteira, são coisas que não se fazem. Não é uma questão de boas maneiras, porque há muito boa gente que é bem educada na rua e não arrota nem fala de boca cheia em público, mas a privacidade do lar é a privacidade do lar, e na privacidade do lar faz-se de tudo desde que seja legalmente aceite e consentido por toda a gente que habita o estaminé em questão. É uma questão tão simples como esta: a necessidade de manter o desejo. O evitamento das coisas nojentas é, para mim, essencial à manutenção da chama acesa. Eu não consigo ser a mesma depois de ver o meu namorado descuidar-se na cama com a maior das naturalidades. Qualquer vontade de lhe saltar para a espinha morre logo ali. Idem com actividades como tirar macacos do nariz ou arrotar descaradamente. Também acho uma pessoa trinta mil vezes menos sexy e atraente quando ela me relata as suas actividades ligadas à casa de banho (é, as descrições de excreções e secreções humanas nojentas têm este efeito em mim). São coisas que activam automaticamente aquela parte do meu cérebro que lida com tudo o que é relacionado com picuíces. Só que eu não acho picuinhas, acho legítimo. "Mas são coisas naturais do corpo humano", dirão vocês. E se há duas pessoas já namoram há anos e quiçá até vivem juntas, é normal que chegue uma altura em que já não dá pra conter mais, a nossa cara metade tem de saber que sofremos de crises de flatulência sempre que comemos bacalhau à Zé do Pipo. Não, não tem, digo eu. E digo isto porque existe uma divisão da casa chamada casa de banho, onde à porta fechada podem tomar lugar toda uma série de actividades extraordinárias cuja existência pode perfeitamente ser omitida do resto do mundo, e porque as relações (pelo menos as saudáveis, aquelas de que eu gosto) garantem uma certa privacidade individual que garante que há coisas que podem continuar escondidas do nosso parceiro. E sim, esconder o que se faz na casa de banho parece-me legítimo e até recomendável - desde que o que se esteja a esconder não sejam os encontros com a amante que têm lugar entre a banheira e o bidé.

Posto isto, tenho a dizer que para mim nunca há de chegar a altura em que tiramos macacos do nariz à frente um do outro, e que é possível ter uma relação longa, estável e feliz com alguém que desconhece os ataques de gases que temos quando comemos açorda de bacalhau. E que as relações e a vida sexual em particular só têm a ganhar com estas inocentes omissões.

sábado, 1 de junho de 2013

Eu quando vejo os rituais de beleza de algumas pessoas, até sinto tonturas.

Hãnn..a sério que há gente que usa diariamente seis produtos de pele, só na cara? Cinco produtos no cabelo? Quatro produtos no duche, a contar com gel de banho, exfoliante de corpo, hidrante e creme anti-celulite?

Eu devo ter perdido algum dos meus cromossomas e saí uma mulher meio aldrabada, porque nunca na minha vida me imagino a usar trinta produtos de beleza diferentes todos os dias, ou a perder meia hora em frente ao espelho de manhã para pôr maquilhagem! Vá, talvez uma exfoliaçãozinha de vez em quando, e um hidrantante corporal de quando em vez, mas agora todo o santo o dia estar a pôr serum no cabelo, e spray nas pontas espigadas, e creme de rosto, um de dia e outro de noite, e creme anti-estrias, e hidratante de unhas...Jesus, morro só de pensar como uma pessoa fica melosa e peganhenta com esses cuidados de beleza todos!!! Já pra não falar em maquilhagem: sair da cama vinte minutos mais cedo para aplicar base, e corretor, e blush, e eyeliner, e, e, e...e sair de casa com ar de Barbie (e o desconforto que aquela tralha toda em cima da cara não deve ser?)! Prática e despachada que só eu, acho todos esses extensos rituais de beleza impossivelmente complicados e exagerados! E mais, eu não acredito nisso de beleza comprada, para mim a beleza verdadeira é natural, e acontece naturalmente em qualquer idade, quer aos 20 anos, quer aos 40, com as rugas e os cabelos brancos que são normais e expectáveis na idade. A mim não me convencem com essa de que é preciso começar a usar creme anti-rugas aos 20 anos, e exfoliação semanal a partir dos 30, e gel de hidratação profunda todos os dias desde os 40...uma vida feliz e preenchida com aqueles que amamos, vivida com um mínimo de preocupações, uma atitude positiva, comidinha boa e exercício físico, para mim é isso que faz a diferença entre envelhecer bem e parecer uma carcaça acabada aos 50 anos!

[Mas diga-se em abono da verdade que eu não vou envelhecer nada bem porque não pratico absolutamente nada do que digo. Sou a pessoa mais stressadinha e irritável do mundo, adoro comer porcarias e fujo de ginásios e desportos como o diabo foge da Cruz. Se calhar devia mesmo planear uma rotina de beleza diária que envolvesse uns cinquenta produtos de beleza diferentes, mais a maquilhagem para disfarçar os estragos já feitos.]