domingo, 31 de agosto de 2014

Há por aí uma blogger, algo conhecida da praça pública, que insiste em publicar no seu blog fotos semi-identificativas dela, da família dela e dos sítios por onde passam. Ele é fotos desfocadas, smileys em cima das caras, os efeitos mais estapafúrdios que se possa imaginar, all in all nada está assim tão bem disfarçado e quem quer que conheça as pessoas, identifica facilmente quem são. Isso também significa que, dando de caras com as pessoas, é fácil identificá-las. Aqui há uns dias esbarrei por acaso no facebook da rapariga e entrei numa de "vamos lá cuscar". Se soubessem o que eu me pasmei...a rapariga é feia que mete medo, e o namorado, tão gabado, idem idem aspas aspas...para além disso deve ser mestra no photshop, porque é obesa, e as fotos pseudo-sensuais de cabelos a caírem pelas costas em catadupa, narizes de perfil e pernas enroladas em collants sexy, nada deixam adivinhar quanto ao verdadeiro tamanho da moça. E deu logo para perceber que há ali coisas que, não sendo mentira, não passam de exageros...

E pensar que há quem se pele de inveja de bloggers que não conhecem de lado nenhum...isto da internet, meus amigos, dá um jeitaço e se uma pessoa tem imaginação e tempo livre a mais, há um sem fim de vidas alternativas que pode ir criando. Não adianta de nada ter ciúmes do que os outros mostram ter, porque vai se a ver e a galinha do vizinho nem sequer é assim tão boa e bom mesmo é a nossa vidinha...

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

domingo, 24 de agosto de 2014

Amor é...

...ele acordar-me de um sono profundo para me mostrar o peixe que vai descongelar para o nosso almoço do dia seguinte.
Eis que há duas semanas iniciei um novo emprego e nunca na vida andei tão cansada. Para além de todas as coisas novas que estou a aprender, têm-me lançado grandes desafios e comecei logo a trabalhar "à séria", a ter responsabilidades e obrigações como os meus colegas senior e a sentir-me tão responsável pelos resultados da empresa quanto eles. Para além disso tenho entrado mais tarde e saído mais tarde do que estava habituada e chego a casa ainda a pensar no trabalho, a planear o que vou fazer no dia seguinte, a deixar-me absorver por tudo o que aprendi de novo e tudo o que me ensinaram mas que ainda não apreendi. Durante a semana não tenho tido tempo para nada, durmo mal porque chego a casa e não descanso, nem nos meus sagrados livros me consigo concentrar e a leitura antes de dormir perde o seu efeito relaxante. A verdade é que nunca na vida tive um trabalho tão frustrante, tão cansativo, que exigisse tanto de mim a nível mental, que testasse tanto a minha paciência, que me obrigasse a ser tão perseverante, tão paciente, tão omnipresente e tão capaz de fazer mil coisas ao mesmo tempo.

Apesar de tudo isso, a maior prova da minha loucura é que adoro o que faço. Adoro mesmo a minha função e não são só os colegas, nem o ambiente de trabalho, nem todas as coisas boas proporcionadas pela empresa, adoro mesmo o que faço e é por isso que saio de casa de manhã com leveza nos pés e imensa vontade de começar, chego ao trabalho cheia de energia e volto para a casa a pensar em maneiras de ser melhor, de fazer melhor, de fazer mais. Nunca fui pessoa de fugir ao trabalho, de viver a suspirar por feriados e fins de semana, de passar os dias a suspirar por férias e a desejar estar em casa com os pés de molho: não me considero realmente workaholic mas não adianta, eu adoro trabalhar. E quando fazemos algo que nos desafia e que nos leva mais além, não há como mentir: trabalhar é bom e recomenda-se.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Porque um azar nunca vem só, e porque parece que na minha vida tem sempre tudo de correr mal de alguma maneira, já não tenho dores de garganta, as dores na boca estão controláveis e já só resta uma afta para contar a história (consegui, finalmente, afiar o dente a uma taça de cereais e meter uma tigela de canja pelo bucho abaixo), eis que foi introduzido um terceiro sintoma: uma indisposição intestinal, causada, muito provavelmente, por um dos medicamentos que ando a tomar para o estômago (quando se passa cinco dias em jejum forçado é normal que o nosso estômago reaja mal à comida que tentamos atirar-lhe para dentro). Sinto-me como num daqueles episódios do Dr. House, em que se resolve um sintoma e logo a seguir aparece outro, e depois outro, e mais outro, sintomas atrás de sintomas e cada um mais esquisito que o anterior. A diferença óbvia é que eu, ao contrário dos pacientes do Dr. House, não estou às portas da morte. Ou será que estou? Depois da maré de azar com que ando já nem digo nada a não ser "ai a minha vida...".

domingo, 17 de agosto de 2014

Eu devo ter feito muito mal a alguém e não sei...

A amigdalite (que tornou quase impossível engolir o que quer que fosse, até a minha própria saliva) trouxe duas amiguinhas para fazerem festa: uma afta na língua e uma afta bem junto ao dente do siso que fica no lado da amígdala inflamada. Resultado: dói-me a boca toda e até as gengivas parecem avermelhadas (será que eu mereço mesmo isto?). Depois de dois dias em que não comia porque não conseguia engolir, o apetite voltou, mas...não tenho comido porque não consigo mastigar. Somando tudo estou há quatro dias sem comer uma refeição digna desse nome (a alimentar-me só de iogurtes, gelatinas, gelado, atum frio e maçãs, tudo com grande sacrifício). Já estou fraca que eu nem sei, a cair por todos os lados, com o estômago a fazer barulhos esquisitos e sem saber como vou aparecer no trabalho amanhã quando a minha única vontade é passar o tempo todo na cama a dormir. Sim, aquele trabalho onde sou nova, onde ainda estou em formação e onde tenho de provar ao máximo o meu valor porque mesmo sabendo da minha inexperiência decidiram ficar comigo e tenho de provar que o mereço. Mais do que isso: é o primeiro trabalho que eu adoro, mas adoro mesmo a sério estilo gostar tanto do que faço que nem sinto que seja trabalhar. 

Tenho a certeza que há muita gente a quem já ofendi e magoei, quer de propósito quer sem intenção, e que também deve haver um punhado de pessoas com motivos parvos para não gostarem de mim (será o meu ex-namorado? A ex do meu namorado?), mas aftas assim tão más depois de umas dores de garganta como as que eu tive são coisa que ninguém merece. Por isso peço encarecidamente que pousem a boneca de trapos, guardem as agulhas e poupem-me ao vudu pelo menos por agora que a minha pessoa não aguenta mais sofrimento...pode ser?

sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Entro no facebook e vejo uma foto, alusiva ao último dia de férias de uma determinada pessoa, com a seguinte legenda:

"meu querido mês de Agosto q por ti levo o ano inteiro a sonhar e passas a correr!!!"

Err...em vez de esperar o ano todo pelo querido mês de Agosto, não seria mais fácil arranjar um trabalho do qual gostasse? Parece que há pessoas que não se mentalizam que passam qualquer coisa como 70% das suas vidas no trabalho...e passar 70% do nosso tempo triste e infeliz e a chorar por férias e fins de semana é capaz de ser um pouco demais, não?

sábado, 2 de agosto de 2014

Dizem que a sorte protege os audazes e eu até nem acreditava muito nisso, até ter descoberto que realmente é verdade. Quatro dias depois de me ter despedido, arranjei aquilo que em um ano não consegui encontrar: um trabalho na minha área. Despedi-me sem ter nada à minha espera e sem saber quando iria voltar ao activo. Nestes quatro dias de desemprego eu já estava a começar a dar com a cabeça nas paredes: adoro a minha casinha mas não estou habituada a passar tanto tempo nela, gosto de fazer parte da horda de gentes que acorda de manhã e se desloca para o trabalho, gosto de acordar de manhã com um propósito e não naquele "logo se vê" que me caracterizou nestes dias de desemprego. A verdade é que eu sempre pensei que a minha capacidade de trabalho (tenho disso em doses industriais) me iria levar aonde eu quero estar. E neste ano que passou, por maior que tenha sido o meu esforço, não consegui nada do que eu pretendia e comecei a sentir-me cansada, frustrada, a sentir que estava a ficar para trás. Afinal o que faltava não era esforço e dedicação, faltava-me outra coisa: a audácia. A confiança, que normalmente não tenho mas que por artes mágicas conseguir ir buscar não sei aonde, também teve o seu papel no final feliz desta história. Eu, que sempre pensei que seria através da perseverança e da teimosia que iria conseguir, descobri que afinal o que faltava era um golpe de magia. A capacidade de voar. Partir em direcção ao desconhecido. E desafiar-me.

sexta-feira, 1 de agosto de 2014

Ai, como eu detesto...

...empresas que mascaram as funções comerciais sob todo o tipo de nomes pomposos. Nem toda a gente tem perfil (nem gosto) pela área comercial e parece-me que há uma grande falta de sensibilidade das empresas para o facto de que procurar emprego consome não só tempo mas também recursos, é revoltante que uma pessoa que procura um emprego gaste o seu tempo e o seu dinheiro a deslocar-se a uma entrevista de trabalho para depois descobrir que não tem perfil para aquilo. Quem perde não são apenas os candidatos, mas também a empresa, que deixa escapar os candidatos com verdadeiro perfil comercial e capacidade de trazer resultados à empresa.





[A empresa onde trabalhei até à semana passada voltou a fazer das suas: vão recrutar um comercial, mas mascaram essa função com outro nome muito mais sonante. E eu acabei de despender uns bom 15 minutos a preencher um inquérito de recrutamento, até que voltei ao anúncio em questão, li com mais calma e percebi que se tratava de uma função comercial e não de algo da minha área. Até ao dia em que as empresas entendam o que perdem com estes recrutamentos mal feitos, nunca chegaremos a lado nenhum.]