quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sempre há aquelas alturas da vida em que deitamos as mãos ao ar e perguntamos "porquê eu? porquê a mim? porque tem de acontecer sempre comigo?". E apesar de sabermos que não é só a nós que acontece, que isso da autocompaixão só faz é mal, apesar de sabermos que estamos a ser exageradas, não dá para evitar a lagriminha ao canto do olho. Estar sozinho é assustador e nunca podemos ter a certeza se a nossa decisão foi a acertada. Ou às vezes sabemos, mas estar sozinho custa simplesmente demasiado.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Marissa Mayer vai obrigar os funcionários da Yahoo! a trabalhar no escritório. Como alguém que estuda na área dos Recursos Humanos, não posso deixar de aplaudir esta medida. A tecnologia separa-nos, faz com que pessoas que estão fisicamente perto estejam mentalmente longe. Também faz o contrário, aproxima quem está longe, mas tem cada vez mais tendência a fazer o que referi primeiro. E a ideia de que o trabalho funciona melhor quando trabalhamos lado a lado e de que precisamos de conhecer os nossos colegas e encontrar-nos com pessoas no café e na fila para a cantina e de que uma série de interacções espontâneas e não planeadas podem contribuir imenso para a criatividade, para o desempenho e para o bem-estar, é bonita, acertada e devia ser defendida por mais empresas.

Não vou dizer que não estamos perante uma faca de dois gumes, porque o trabalho à distância permite uma flexibilidade que nunca existirá dentro do escritório. E se aplaudi a medida, não posso dizer que estou 100% de acordo, mas tendencialmente a favor.


Mas vou citar o que foi dito pela Diretora de RH no email para que possam compreender de onde surge esta medida:

“Para nos tornarmos no melhor local para trabalhar, a comunicação e a colaboração serão importantes, por isso temos de estar a trabalhar lado a lado”, lê-se na nota. "É por isso que é crucial que estejamos todos nos nossos escritórios. Algumas das melhores decisões e análises vêm de discussões no corredor e na cafetaria, de conhecer novas pessoas e de reuniões improvisadas de equipa. A rapidez e a qualidade são frequentemente sacrificadas quando trabalhamos a partir de casa. Precisamos de ser um Yahoo!, e isso começa por estarmos fisicamente juntos”.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mulheres que não gostam de cozinhar

Vejo cada vez mais mulheres que não gostam de cozinhar. Falo de mulheres, porque pelo estereótipo tradicional são elas quem cozinha, e as queixas que tenho ouvido vêm delas. Não apenas de mulheres jovens, mas também de mulheres que já vão nos seus 40's. Não deixo de ficar um bocadinho de triste sempre que oiço estes queixumes. Cozinhar é, para mim, uma actividade bonita, para ser feita com carinho e paciência, um acto de amor. Que há pouca coisa tão deliciosa neste mundo como um forno que brilha com uma linda peça de lombo de porco a assar lá dentro, um tacho que fervilha de molho de tomate, uma cozinha que cheira a tarte de maçã e canela. Mas acho que hoje um dia vivemos tão atarefadas, especialmente nós, as mulheres, tão espremidas entre os papéis de mãe, mulher de carreira, esposa e filha que nos sobra pouco tempo para aproveitar esse espaço tão bonito que é a cozinha (e eu escrevo isto sentada numa cozinha bonita, arejada e cheia de sol). E a facilidade do take-away tornou o acto de cozinhar em qualquer coisa de descartável, não é preciso andar à roda de tachos e panelas quando se pode ir buscar algo já feito. Mas sempre que penso nos take-away penso no que dizia sobre os frigorifícos uma das minhas bisavós, que na altura em que não havia coisas dessas comia-se tudo na época certa e tudo tinha gosto, agora as coisas compram-se, guardam-se no frigorífico e comem-se fora da época, nada tem sabor. É o que nos faz o take-away. Compra-se tudo já feito e nada tem um sabor nosso, personalizado. É tudo feito em massa e para ser consumido por massas.

Também eu, que gosto de cozinhar, muitas vezes não o faço com o carinho e atenção que deveria porque vivo "espremida" nesta vida de trabalhadora-estudante e dona de casa, porque não vivo numa casa minha onde me sinta à vontade para cozinhar, porque é uma cozinha partilhada, tachos e panelas partilhados. Mas longe de mim ir buscar qualquer coisa feita ao Continente ou ir comer fora todos os dias. É a tristeza desta vida moderna onde não existe tempo para nada e vivemos sobrecarregados com o peso de ter de fazer mil coisas diferentes. Realizamo-nos num lados, perdemos noutros.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Chegou aquele momento em que me apercebo que toda a gente está grávida menos eu. E que eu bem queria ter um bébe. E que já só sonho com bébes. E que como não faço sexo é tecnicamente impossível ter bébes e que nem sequer é a altura certa. E que ontem foi dia dos namorados e amanhã é o aniversário dele por isso se calhar não é a melhor altura para fazer uma cena ao namorado. Ai a minha vida.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Feliz dia de São Valentim

...para vocês, que eu acordei com um ataque de alergia que me fez perder a esperança no amor, na vida e em tudo o resto.