quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Quando me esqueço porque motivo não gosto do Natal...a minha avó paterna recorda-me o porquê. Não há um único ano em que esta mulher não arranje intrigas com alguém.

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Irra, isto de mudar de casa chateia, cansa que se farta e dá uma trabalheira impossível. Empacotar coisas dá uma canseira desgraçada. Depois é o trabalhão de limpar a casa nova. Aquelas janelas estavam tão sujas que jurei que nunca mais o Sol brilharia através delas. As paredes, tão carregadinhas de pó que considero contratar o Homem Aranha só para limpar aquilo. Há também o problema da desarrumação. Depois de ter tido o meu quarto cheio de caixas e malas espalhadas por todo o lado, tenho a minha casa nova cheia de caixas e malas espalhadas por todo o lado. Ainda não descobri como vou fazer dois armários passarem por quatro vãos de escadas e subirem até ao terceiro andar nem onde vou arranjar espaço para eles no quarto. Bolas. Só a trabalheira que isto está a dar já me dá vontade de desistir.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Aventuras EDPianas

Quando era jovem e inocente e mudava de casa com os meus pais, não tinha a noção das agruras pelas quais uma pessoa passa para mandar ligar a água, a luz e o gás. Os papás tratavam de tudo, eu limitava-me a chegar à casa nova, carregar no interruptor e pronto, tínhamos luz.

O que desconhecia é que, para chegar a casa e ter os interruptores a funcionar, há todo um cabo de tormentas a atravessar primeiro. Senão vejamos.

A minha história com os senhores da EDP começou há coisa de uma semana, quando meti na cabeça que, por maior chulice que seja a factura da luz, a minha nova casa iria ter electricidade. Informei-me devidamente no site deles e descobri que podia fazer o contrato telefonicamente, com um assistente simpático que me ajudaria a escolher que potência a contratar, ou até online, preenchendo um simples formuláriozinho. Preferi o assistente, para me ajudar a escolher a potência ideal para o meu perfil de consumo. Comecei por ligar para a EDP Serviço Universal, onde fui atendida por uma senhora simpatíquissima que me informou que a EDP Serviço Universal já não faz contratos desde 1 de Janeiro de 2013 já que isto agora passou tudo ao mercado liberalizado da luz. Não me deu nenhum número para onde eu pudesse ligar para a EDP que faz contratos com novos clientes que querem encher os bolsos ao Mexia, informou-me simplesmente que ali não faziam contratos e não tinham o número da EDP Comercial.

Eu, que só precisava [julgava eu] de saber a potência que pretendia contratar para celebrar o tal contrato de fornecimento de energia e iluminar o meu estaminé ao estilo árvore de Natal, resolvi experimentar o chat disponível no site da EDP e falar com alguém que me ajudasse a descobrir que potência é necessária para pôr o meu frigorífico a bombar. O diálogo que se segue é, no mínimo, kafkiano.

Eu: Boa tarde, pretendia celebrar um contrato de fornecimento de energia mas não sei que potência contratar.
Assistente [identificado como assistente 11]: A potência contratada vem na fatura da electricidade.

???????? Então eu abro a conversa a dizer que pretendo celebrar um contrato de fornecimento de energia, muita atenção, pretendo, dando a entender que não tenho contrato, logo, não tenho facturas, e a resposta que recebo é...a potência contratada vem na factura. Com erros ortográficos, ainda por cima. Certo. Juro que por momentos achei estar a falar com o Cleverbot. Achei mesmo que tinha à minha frente um computador a dar-me uma daquelas respostas automáticas já pré-programadas, e não com uma pessoa de carne e osso, o que não me serviria de grande ajuda. Vá lá, o senhor assistente provou ser uma pessoa de carne e osso (até porque deu uma terrível calinada ortográfica ao escrever inclino, coisa que eu não sei o que seja mas que suponho referir-se à pessoa que habita uma casa arrendada), e ajudou-me indicando a linha telefónica para onde precisava de ligar.

Feito o telefonema para a linha certa, foi toda uma aventura para fornecer ao senhor assistente os dados que ele me pedia. É que eu tinha o contador da luz à minha frente, e não havia maneira de descobrir o número do aparelho (mais tarde descobri que estava a indicar ao senhor o número do disjuntor, tão tansinha sou eu). Foram precisas mais duas chamadas (DUAS, senhores, DUAS CHAMADAS a pagar) para descobrir uma coisa chamada CPE, que dizem ser uma espécie de bilhete de identidade do contador mas que não vem lá espetado no mesmo*), e mais uma terceira para finalizar o contrato. Agora é esperar que me liguem a electricidade, e começar a encher os bolsos ao papá Mexia, que a vida não anda fácil para ninguém e se os jovens como eu não começam a pôr o rabinho fora de casa dos pais, o senhor ainda deixa de ter dinheiro para as suas despesas.

* e mesmo que viesse, eu também não o descobriria

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

É verdade, sim senhora

Habemus casa nova.

E eu gosto tanto dela que quando lá vou só me apetece chorar, deitar-me no chão e encher as paredes de beijinhos.

Já avisei os senhorios que os vou mandar à m*rda no final do mês e que nunca mais acordarei com o som da liquidificadora, das discussões ou do chuveiro a correr durante horas.

A minha casa nova é linda. E eu mal posso esperar por estar lá a morar.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Ter filhos

Durante grande parte da minha vida pós-infância, eu fui daquelas pessoas que decidiram estabelecer a procriação como objectivo de vida.

O sonho era um marido rico, que gostasse de mim e não chateasse muito, uma casa no Alto de Santa Catarina e quatro filhos lindos para eu cuidar a tempo inteiro.

Não haveria carreira, não haveria emprego,  nem horário de trabalho, só quatro miúdos traquinas, vizinhos adoráveis e um Golden Retriever.

Depois, qualquer coisa [que não foi bem qualquer coisa porque é um evento identificável, mas isso é uma história à parte] mudou dentro de mim e eu virei uma daquelas pessoas frias e insensíveis que eu tanto criticava. Daquelas pessoas impróprias para amarem e educarem crianças. E comecei a pensar que se calhar não, se calhar o melhor é não ter filhos, manter-me bem afastada de seres pequeninos e indefesos, que é possível que eu não seja a pessoa mais adequada para lidar com gente miúda.

Quando me vem à cabeça a ideia de que eu poderia ter um filho já - agora, amanhã, se eu quisesse - arrumo esse pensamento para um canto e repito a mim mesma: "Não, sou imprópria para cuidar de crianças."

Depois há aquelas ocasiões em que, por algum motivo, dou com a foto de um bebé espetada debaixo do meu nariz e a farsa cai por terra. Só consigo pensar no cheiro adorável, nos barulhinhos amorosos, e em como os bebés são as coisinhas mais cutxi cutxi e fofinhas e lindas deste mundo e que eu vou ser a pessoa mais feliz do mundo quando tiver um meu nos braços. E que se eu pudesse tinha um já amanhã, e seria a pessoa mais feliz do mundo, a viver o resto da minha vida entre fraldas e biberons e pézinhos minúsculos e bochechinhas adoráveis para eu puxar.

Parece que mudamos, mas as coisas que queremos não mudam muito - os meus sonhos de criança, lá no fundo, acabam por não ser muito diferentes dos meus sonhos de adulta.

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Entrar no facebook e ver:

- fotos de casalinhos abraçados na cama;

- indirectas particularmente directas dirigidas a alguém que toda a gente consegue facilmente identificar quem é;

- declarações de amor melosas e explícitas;

- descrições detalhadas do que se passou no dia de trabalho/estudo.

Serei a única que acha que existe algo que separa a esfera do privado daquilo que é de domínio público...ou há mais alguém comigo?

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Ai Deus, que o Universo me ajude...

...neste terrível empreendimento que é procurar casa.

Faz semanas que durmo mal. Ontem deitei-me a pensar numa casa, sonhei até que me encontrava com o proprietário para ir ver o tal imóvel, meti na cabeça que a primeira coisa que faria quando acordasse era ir à página da imobiliária pegar no número do vendedor e agendar uma visita para este fim de semana ainda. Acordei, fui ao tal site da imobiliária, e eis que...reparo que a casa já está arrendada. Damn. Não sei se foi arrendada durante a noite, se a etiquetazinha a dizer "ARRENDADO" já lá estava antes e eu não vi (altamente provável que sim), só sei que andei doida, doida a pensar numa casa que afinal...já era!

Depois são as voltinhas que me farto de dar, as viagens regulares aos subúrbios, o dinheirão que tenho gasto em deslocações...tudo isto para apenas encontrar casas meio desencantadas, nenhuma à minha medida, e acordar todos os dias com os meus senhorios aos berros um com o outro, a fazerem uma barulheira com a máquina dos sumos, a discutirem e a refilarem por tudo neste mundo, sem perspectivas de me ver livre deste sítio tão cedo quanto eu gostaria.

Juro que estou a ficar pírulas...

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ah! Como Hollywood é verosímil! #1

A Órfã: Não tendo suficiente trabalho já com duas crianças para criar, uma das quais surda-muda, um casal resolve adoptar uma miúda de passado desconhecido e hábitos invulgares. Como os médicos americanos são competentíssimos, nem o dentista da família nem o radiologista das urgências percebem que ela é na realidade uma mulher de 33 anos. A miúda parece estar possuída pelo Demo, faz uma série de coisas más e consegue convencer toda a gente que a mulher loira está louca. 

Cocktail: Um Tom Cruise muito jovem e retornado da guerra pensa enriquecer trabalhando num bar. Acaba por ir de férias para a Jamaica, onde conhece uma loirinha engraçada com quem acaba por se entender. Como qualquer pessoa sensata que tem sexo com um desconhecido, eles não usam preservativo. Em vez de uma DST, acabam por ganhar um filho. Dois, na realidade. Nos entretantos o melhor amigo do Tom Cruise foi fazendo de tudo para lhe arruinar a vida, sem grande sucesso porque nestes filmes as traições são facílimas de perdoar.

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Hoje acordei assim: triste e aborrecida.

Sofro muito com a falta de silêncio, com o sono que vai embora tão depressa e que às vezes tarda em chegar, com a falta do meu espaço, do meu tempo, da minha paz.

Parece-me que é tempo de procurar, de ir atrás de algo diferente, de me fazer ao desafio. A incerteza é o que me mata e me mói, o não saber se vou conseguir, se vai ser assim tão bom como eu pensava, se o dinheiro vai chegar para tudo...

Decisões difíceis...

sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Eu gosto muito do Outono. Os dias mais frescos, a roupa mais aconchegante, os cobertores na cama. Só não gosto nada quando o Outono se lembra de aparecer em plena força no meu dia de folha, arruinando todos os planos divertidos que eu tinha para hoje.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Sempre que pergunto "leste o livro?" e alguém me responde com um "Não, mas vi o filme", sei que estou perante mais uma das alminhas mentalmente pouco capazes desta sociedade. Ver o filme não é o mesmo que ler o livro. Não é, nunca foi, nunca há de ser.Um filme não é mais que a visão pessoal do realizador sobre o livro, e um livro está sujeito a infinitas interpretações, tantas quanto as pessoas que o lêem e até a interpretações múltiplas da mesma pessoa, consoante os momentos da vida em que se está a ler. Claro que um filme também está sujeito a muitas interpretações diferentes, mas a experiência do audiovisual é sempre menos completa e mais limitativa que a experiência da leitura. Já para não falar que há livros que tiveram diversas adaptações ao cinema, por isso, quando alguém diz que não leu o livro, mas viu o filme, às vezes é preciso perguntar: "E o filme que viste, foi a versão de 1978? A que foi realizada pelo Spielberg? Ou o remake de 2002?" (claro que eu nunca pergunto isto, porque me estou bem marimbando para os filmes e nunca sei se um filme teve mais que uma versão nem quem o realizou ou quem são os actores que entram nele). Por isso, da próxima vez que eu perguntar "Leste o livro?" e me forem a responder "Não, mas vi o filme", não respondam, está bem? Ou então digam só que não leram o livro.

domingo, 14 de julho de 2013

It's Heartbreak Hotel

Fazem parte das coisas que eu não entendo, nem quero entender: aquelas pessoas que vivem o fim das relações como se de um drama shakesperiano se tratasse. São as que andam a arrastar-se pelo chão mesmo em frente aos nossos olhos e a correr atrás do objecto amado com o intuito de se espojarem aos pés dele/a, só naquela de viverem o prazer de serem espezinhados/as uma segunda ou terceira vez, que a humilhação é uma coisa bonita e da qual a malta sádica tira grande prazer. São aquelas que juram que nunca na vida hão de amar mais ninguém porque aquela era a sua pessoa, a única certa, todas as que virão depois não serão mais que segundas opções de fraquíssima qualidade. Porque nunca houve amor como o delas, ninguém amou tanto como elas amaram, e é perfeitamente justificável e compreensível que só porque alguém lhes deu com os pés deixem de comer/de dormir/de trabalhar e basicamente desistam da vida e de tudo neste mundo. Tudo isto é magnificamente ampliado pelo facebook, glorificado em status minados de erros ortográficos, publicados com em jeito de indirecta e que em última instância servem apenas para anunciar ao mundo que se é uma pessoa triste e deprimente e incapaz de enfrentar as dificuldades de cabeça erguida e peito cheio. 

Ou melhor: entendo, mas acho parvo. Não entendo a necessidade de anunciar ao mundo que se falhou (sim, porque quando falha um, falham os dois), e muito menos que nos deram com os pés mas que somos pessoas tão tolas e com tanta falta de amor próprio que ainda vamos atrás de quem não quer nada connosco. 

Esta história de andar a levar com a dor de corno dos outros irrita. Por mais miserável que se seja a miséria enfrenta-se de cabeça levantada, nunca de fronha a arrojar pelo chão e a rastejar aos pés dos outros.


Já agora, eu sou apologista da terapia do chocolate e bolachas.

I've been a very bad girl...

Ontem saí do trabalho e com o pretexto de estar esganadíssima de fome fui ao Continente do Colombo comprar qualquer coisinha para me alimentar e, já agora, procurar uma agenda, que os caderninhos de notas que tenho usado como agenda acabaram e não se justifica comprar outro caderninho que provavelmente não duraria até ao fim do ano (missão impossível, as únicas agendas que há à venda estão na Fnac e na Bertrand e são CARÍSSIMAS. Acabei por comprar outro caderninho de notas para fazer as vezes de agenda). Andava eu a deambular pelo Continente quando dei de caras com um expositor de vernizes da Essie a 9,99€, todos com 2,5€ de desconto em cartão. Já há meses que andava doidinha por experimentar os vernizes da Essie, mas colocavam-se dois problemas: 1- São vernizes caros como o raio; 2- Não são fáceis de encontrar. 

Acidentalmente, ficaram os dois problemas resolvidos ao mesmo tempo: os lindos vernizes da Essie ali mesmo à mão de semear no Continente; com o desconto em cartão não pesam tanto na carteira e posso sempre descontar o valor mais tarde em mercearias e coisas realmente úteis e necessárias.

Apesar de ter gostado de imensas cores decidi que levaria apenas UM verniz pois prometi a mim mesma que este mês era nada de compras, mesmo estando aí os saldos e as lojas cheias de coisas giras a preços catitas e tal e coiso eu não sou rica e não há realmente nada que me faça mesmo muita falta por isso não há razão para comprar mais roupa e sapatos ou o que seja. A escolha acabou por recair no Splash of Grenadine, um rosa muito fofinho que me lembrou uma caneta de cheiro que tive quando andava na escola:



Uma das coisas fantásticas desta cor é que não é bem rosa. Nas unhas é um lilás lindo e amoroso e diferente de todas as cores que já me vi na minha humilde vida. Não foi só a cor que me deixou surpreendida e contente. Este é simplesmente o verniz mais fácil de aplicar que eu tenho. Nem sequer precisei de usar um cotonete embebido em acetona para retirar o excesso de verniz dos dedos como faço habitualmente, as duas camadas de verniz ficaram perfeitinhas logo à primeira! Segunto ponto u-a-u: cerca de sete horas depois de ter pintado as unhas o verniz ainda não lascou nem um bocadinho, e eu já lavei a loiça e fui às compras. Qualquer outro verniz já teria começado a soltar-se nas pontinhas por esta altura, mas este menino continua firme no seu sítio (é de notar que pus uma base por baixo primeiro, mas isso faço sempre, com todos os vernizes que tenho). Cheira-me que a durabilidade vai ser boa. O único ponto contra que encontro é que não é muito rápido a secar. É verdade que não promete ser um verniz de secagem rápida mas se dou dez euros por um verniz estou à espera que ele seja excelente em todas as frentes: cobertura, facilidade de aplicação, durabilidade e tempo de secagem.

Gostei tanto que hoje à tarde voltei ao Colombo para comprar outro Essie, desta vez o Nice is Nice. E só não trouxe mais nenhum porque sou uma mulher sensata e gosto de manter o dinheiro na carteira (não parece, eu sei). E só ainda não experimentei o Nice is Nice porque de momento tenho pés e unhas com Splash of Grenadine.



sexta-feira, 5 de julho de 2013

Não há melhor maneira de acordar...

...do que com o despertador do meu colega de casa a tocar ininterruptamente durante 10 minutos.

Nem foi a coisa de acordar, que eu bem precisava de acordar cedo, mas sim o irritante que é ouvir aquele "pi-pi-pi-pi,pi-pi-pi-pi,pi-pi-pi-pi" durante 10 minutos consecutivos. E só parou porque eu fui lá bater-lhe à porta e mandá-lo calar aquela coisa, que eu já não aguentava e os vizinhos de cima e de baixo de certeza que já tinham acordado também.

Eu juro que dez minutos a ouvir aquela m*rda de despertador me deram vontade de começar a chorar. Sou especialmente sensível à falta de silêncio, em particular nas alturas em que ando cansada ou ansiosa, e a existência de barulho constante nesta casa tem me dado cabo dos nervos de uma maneira que não consigo sequer descrever. Se eu não me pisgar daqui nos próximos meses acho que me pisgo mas é desta para melhor.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Lisboa, Lisboa

Eu tenho uma relação de amor-ódio com esta cidade. Em abono da verdade se diga, ultimamente a relação é mais de ódio que de amor. Penso que o meu principal ressentimento tem a ver com a dificuldade de encontrar condições de vida dignas nesta cidade quando se tem recursos financeiros escassos. São os senhorios desonestos e que só querem aproveitar-se para chular dinheiro e que ainda acham que nos fazem um enorme favor por nos deixarem viver num quarto alugado ilegalmente numa casa velha e a cair de podre. Depois há um rol de imensos outros problemas: são as ruas desarrumadas, sujas, a salganhada de prédios de estilos arquitectónicos tão díspares, as ruas cheias de pessoas idosas que vivem como se toooooda a gente tivesse toooodo o tempo do mundo, os vizinhos de idade cuja única preocupação nesta vida é o que se passa dentro da casa dos outros, as passadeiras que abrem durante 3 segundos para os peões e 5 minutos para os carros, o constante apelo ao consumismo e a falta de sítios agradáveis para passear (em Lisboa, tudo o que há de interessante para fazer implica gastar dinheiro), o vaivém de gente que está a ir ou a vir do trabalho (mesmo que seja o meu dia de folga, sou imediatamente transportada para o escritório), enfim. Cidade caótica, desarrumada, tão cheia e simultaneamente tão vazia. Apesar disso, não consigo deixar de guardar no coração os edifícios bonitos, as avenidas largas, os recantos por descobrir, os restaurantes simpáticos. Mas sem dúvida que Lisboa é muito melhor para visitar do que para viver.

domingo, 30 de junho de 2013

Hoje acordei com um email da Autoridade Tributária.

A minha reacção inicial foi logo: "F*$%aaaaaaaaaaa-se, o que é que eu andei a fazer? Será que me esqueci de declarar despesas? Rendimentos? Que raio?"

Mas não. Era só um email de agradecimento por ter solicitado à senhora do H3 que pusesse o meu NIF na factura.

Sinto que isto é um bocado Big Brother.

quarta-feira, 26 de junho de 2013

Eu odeio faltar ao trabalho.

Em quase dois anos nunca faltei um único dia, cheguei inclusivamente a ir a pé para o trabalho, quando morava a coisa de meia hora de distância de lá. Sempre achei que quem usa desculpas para se fugir ao trabalho é calão e preguiçoso e gosta de prejudicar a empresa. Pois, parece que amanhã é a minha vez de faltar. Há greve de transportes, o metro está fechado o dia todo e os serviços mínimos da Carris não são suficientes para me levar a lado nenhum. Chegar ao trabalho até consigo, porque andando a pé e com a ajuda do comboio consigo ir lá dar, o pior é voltar a casa: saio à noite e já não são horas para uma rapariga andar sozinha a passear por Lisboa, andar pra mais por zonas pouco recomendáveis.

O pior é esta sensação de culpa de saber que se amanhã não for trabalhar, também não fico o dia todo fechada em casa a martirizar-me. O namorado há de vir aqui buscar-me para passarmos o dia juntos e fazermos qualquer coisa. E o pessoal lá no trabalho a precisar de mim. Isto de se nascer com uma consciência...é mau.

quinta-feira, 13 de junho de 2013

segunda-feira, 10 de junho de 2013

O dia tinha sido bom.

Daqueles dias em que eu até estou chateada e sem grande vontade de estar com ele, mas ele consegue dar a volta.

Bastou ele dizer uma coisa errada para estragar tudo.

Um único nome errado e ficou tudo arruinado.

Foi a gota de água que fez transbordar o copo.

Eu sei que foram dez anos, mas o meu nome não é Soraia. (Não que o meu nome seja bonito, mas Soraia é trinta mil vezes mais pindérico e soa a stripper de muito pior qualidade que Melissa).

Eu já andava chateada e cheia de dúvidas por mil razões, e agora...o bicho rancoroso que vive em mim sabe que esta não escapa. Eu sou pessoa de ir deixando a coisa acumular e acumular até explodir, e agora acho que foi a altura. E se há coisa que não gosto é que me confundam o nome, ou se esqueçam dele. É regra de etiqueta básica lembrar os nomes das pessoas. E eu gosto que o meu namorado se lembre do meu nome.

Pessoas que lêem isto, se é que as existem, estão à vontade para dizer que estou a exagerar e que foi um deslize inocente e que ele estava simplesmente habituado a chamar o nome dela beréu béu béu pardais ao ninho. Eu já estava chateada com ele por várias coisas, acho que desta ou temos uma conversinha a sério ou  a coisa foi-se de vez!

sexta-feira, 7 de junho de 2013

TPM

Eu ando com a TPM, só que numa altura do mês que não tem nada a ver com a menstruação.

Ando chata, irritável, quezilenta. Não sei se é do tempo, se da época de exames, se da falta de perspectivas profissionais que me está a tirar também as perspectivas de vida, se dos senhorios sempre metidos cá em casa, se das dúvidas que ficam em realção ao ano que passou...eu não sei!! Só sei que nem eu me aturo, ninguém me atura e, neste momento, eu estou que não me recomendo!

quarta-feira, 5 de junho de 2013

Hoje o dia vai ser de neura.
Passo a explicar porquê.

De manhã acordei duas vezes depois de ter tido não um, mas dois pesadelos. Quando acordo depois de pesadelos daqueles à séria, que me assustam mesmo, o meu humor para o resto do dia fica automaticamente alterado. Para além disso há o facto de ter acordado com a sensação de que nada na minha vida está propriamente como eu quero, e que também não está a caminhar para lá. Que há coisas que precisam de ser feitas, mas que eu não as faço (mil razões). Depois foi a visita dos senhorios. Odeio sempre quando os senhorios se metem cá em casa sem avisar, sempre com mil pretextos (uma das coisas que me frustra é não conseguir arranjar uma casa só para mim).

Por isso, hoje estou com um humorzinho em baixo. E tenho de estudar uma sebenta de quase 90 páginas para o último exame, uma cadeira secante e aborrecida. Tenho o quarto num caos. E no meio disto tudo ainda vou trabalhar. Lindo.

terça-feira, 4 de junho de 2013

"Vamos saltar para a parte em que tiramos macacos do nariz um do outro"

Eu sou daquelas pessoas que acha que há coisas que não devem nunca ser feitas em frente à cara metade. Nunca, em tempo algum, eu acho admissível tirar macacos do nariz, arrotar de boca aberta ou soltar gases indevidos em frente ao parceiro. Nem que vivam juntos há mil anos, nem que namorem uma vida inteira, são coisas que não se fazem. Não é uma questão de boas maneiras, porque há muito boa gente que é bem educada na rua e não arrota nem fala de boca cheia em público, mas a privacidade do lar é a privacidade do lar, e na privacidade do lar faz-se de tudo desde que seja legalmente aceite e consentido por toda a gente que habita o estaminé em questão. É uma questão tão simples como esta: a necessidade de manter o desejo. O evitamento das coisas nojentas é, para mim, essencial à manutenção da chama acesa. Eu não consigo ser a mesma depois de ver o meu namorado descuidar-se na cama com a maior das naturalidades. Qualquer vontade de lhe saltar para a espinha morre logo ali. Idem com actividades como tirar macacos do nariz ou arrotar descaradamente. Também acho uma pessoa trinta mil vezes menos sexy e atraente quando ela me relata as suas actividades ligadas à casa de banho (é, as descrições de excreções e secreções humanas nojentas têm este efeito em mim). São coisas que activam automaticamente aquela parte do meu cérebro que lida com tudo o que é relacionado com picuíces. Só que eu não acho picuinhas, acho legítimo. "Mas são coisas naturais do corpo humano", dirão vocês. E se há duas pessoas já namoram há anos e quiçá até vivem juntas, é normal que chegue uma altura em que já não dá pra conter mais, a nossa cara metade tem de saber que sofremos de crises de flatulência sempre que comemos bacalhau à Zé do Pipo. Não, não tem, digo eu. E digo isto porque existe uma divisão da casa chamada casa de banho, onde à porta fechada podem tomar lugar toda uma série de actividades extraordinárias cuja existência pode perfeitamente ser omitida do resto do mundo, e porque as relações (pelo menos as saudáveis, aquelas de que eu gosto) garantem uma certa privacidade individual que garante que há coisas que podem continuar escondidas do nosso parceiro. E sim, esconder o que se faz na casa de banho parece-me legítimo e até recomendável - desde que o que se esteja a esconder não sejam os encontros com a amante que têm lugar entre a banheira e o bidé.

Posto isto, tenho a dizer que para mim nunca há de chegar a altura em que tiramos macacos do nariz à frente um do outro, e que é possível ter uma relação longa, estável e feliz com alguém que desconhece os ataques de gases que temos quando comemos açorda de bacalhau. E que as relações e a vida sexual em particular só têm a ganhar com estas inocentes omissões.

sábado, 1 de junho de 2013

Eu quando vejo os rituais de beleza de algumas pessoas, até sinto tonturas.

Hãnn..a sério que há gente que usa diariamente seis produtos de pele, só na cara? Cinco produtos no cabelo? Quatro produtos no duche, a contar com gel de banho, exfoliante de corpo, hidrante e creme anti-celulite?

Eu devo ter perdido algum dos meus cromossomas e saí uma mulher meio aldrabada, porque nunca na minha vida me imagino a usar trinta produtos de beleza diferentes todos os dias, ou a perder meia hora em frente ao espelho de manhã para pôr maquilhagem! Vá, talvez uma exfoliaçãozinha de vez em quando, e um hidrantante corporal de quando em vez, mas agora todo o santo o dia estar a pôr serum no cabelo, e spray nas pontas espigadas, e creme de rosto, um de dia e outro de noite, e creme anti-estrias, e hidratante de unhas...Jesus, morro só de pensar como uma pessoa fica melosa e peganhenta com esses cuidados de beleza todos!!! Já pra não falar em maquilhagem: sair da cama vinte minutos mais cedo para aplicar base, e corretor, e blush, e eyeliner, e, e, e...e sair de casa com ar de Barbie (e o desconforto que aquela tralha toda em cima da cara não deve ser?)! Prática e despachada que só eu, acho todos esses extensos rituais de beleza impossivelmente complicados e exagerados! E mais, eu não acredito nisso de beleza comprada, para mim a beleza verdadeira é natural, e acontece naturalmente em qualquer idade, quer aos 20 anos, quer aos 40, com as rugas e os cabelos brancos que são normais e expectáveis na idade. A mim não me convencem com essa de que é preciso começar a usar creme anti-rugas aos 20 anos, e exfoliação semanal a partir dos 30, e gel de hidratação profunda todos os dias desde os 40...uma vida feliz e preenchida com aqueles que amamos, vivida com um mínimo de preocupações, uma atitude positiva, comidinha boa e exercício físico, para mim é isso que faz a diferença entre envelhecer bem e parecer uma carcaça acabada aos 50 anos!

[Mas diga-se em abono da verdade que eu não vou envelhecer nada bem porque não pratico absolutamente nada do que digo. Sou a pessoa mais stressadinha e irritável do mundo, adoro comer porcarias e fujo de ginásios e desportos como o diabo foge da Cruz. Se calhar devia mesmo planear uma rotina de beleza diária que envolvesse uns cinquenta produtos de beleza diferentes, mais a maquilhagem para disfarçar os estragos já feitos.]

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Hoje, enquanto estava agarrada aos meus cadernos e à sebenta do ano passado a estudar para um exame, dei por mim a sentir saudades do trabalho. Já estou de férias há quase uma semana e ainda ontem lamentava o facto de os dias de "descanso" (digo descanso com as aspas porque não o tem realmente sido, há quatro exames para os quais preciso de me preparar) estarem a terminar, e de segunda-feira já voltar à rotina de ir para o emprego todos os dias, mas vá-se lá saber porquê hoje deu-me uma sensação repentina de que vou gostar de voltar. De que sinto falta de voltar. O conteúdo da memória foram principalmente os colegas, o riso infantil e sincero de um, o tom refilão mas ligeiramente de brincadeira de uma das chefinhas, o computador com a página aberta no próximo imbróglio que vou resolver. Foi só mesmo assim uma coisa passageira, rápida, uma ligeira sensação de conforto quando me lembrei do ambiente que me espera já segunda-feira, mas surpreendeu-me que com tanta coisa a acontecer, o curso a acabar, os problemas cá em casa e a grande vontade de fugir daqui, a demanda por um novo emprego, surpreendeu-me que mesmo assim eu consiga sentir essa saudade (ainda para mais espontânea) do meu emprego, que aos meus olhos e de toda a gente é assim tão pequenino e limitativo.

E sim, eu trabalho num callcenter. Não, não atendo chamadas, trabalho num backoffice, apesar de também poder estar a atender chamadas, hoje em dia raramente o faço. E não, está longe, muitooo longe de ser o meu emprego de sonho, mas parece que é possível gostarmos das coisas mais inusitadas. 

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Agora que procuro trabalho, sou inundada por uma sentimentos de incompetência e inadequação. Eu pareço não ter nenhuma das características que as empresas procuram. Com o passar da adolescência e uma série de experiências que me fizeram desconfiar das pessoas tornei-me um bocadinho bicho do mato. Sou a pessoa menos gregária e sociável deste mundo. Sou naturalmente tímida, introvertida, e com o tempo tornei-me reservada, mais observadora e cuidadosa em relação às pessoas com quem me dou. Não se trata de antipatia, é simplesmente um valorizar das relações com significado e um profundo repúdio pelas pessoas superficiais, falsas e desonestas. Tenho pouca paciência e energia para fingir que gosto de pessoas que eu obviamente detesto, para as conversas supérfluas e desinteressantes, para as facadinhas nas costas ("Ai eu gosto tanto de ti, ai eu sou tão tua amiga, mal vires as costas vou falar mal de ti àquela tipa que ambas odiamos"), para as pessoas que estão lá sempre que sorrimos e estamos bem dispostos e a palavra de ordem é diversão, mas que mal chega a hora da verdade nos viram as costas. Não tenho muita pachorra para estabelecer relações sociais supérfluas com pessoas que pouco ou nada me interessam, prefiro investir o meu tempo e energias nas pessoas que conheço, que adoro, que admiro por serem como são, que já me falharam mas que também já me deram inúmeras razões para continuar a incluí-las na minha vida. Sou péssima nessa coisa do networking e a estabelecer redes sociais, até porque nunca me passaria pela cabeça usar alguém de quem gosto ou a quem admiro para chegar a algum lado na vida - nunca, nunca, nunca! Tenho uma série de outras qualidades, sou determinadíssima, capaz de estabelecer prioridades e orientada para objectivos, preocupo-me com a justiça, interessa-me que todos se sintam bem, que todos recebam aquilo que devem na igual medida do seu esforço e da boa vontade por detrás das suas acções, mas parece que nenhuma empresa valoriza isto, não. Parece que toda a gente quer pessoas extrovertidas, comunicativas, tagarelas e com redes sociais extensas (juro que me parece impossível que alguém se dê bem, e goste sinceramente, da maioria das pessoas com quem se cruza diariamente). Vá, aquilo que eu tenho para oferecer talvez seja valorizado pelas pessoas de 50 ou 60 anos, mas parece que as pessoas que escrevem os anúncios de emprego acabaram de sair do liceu e andam todas à procura da miúda mais popular lá do sítio, que vai trazer mais resultados, alcançar mais coisas e trabalhar mais arduamente. E eu espero, espero que haja um cantinho para mim no meio desta salganhada que é actualmente o mercado de trabalho. Mas a coisa parece difícil..

domingo, 12 de maio de 2013



Depois de um Sábado a acordar cedo e passado a trabalhar, vou a meio de um Domingo onde acordei quase tão cedo como no Sábado e a tarde está a ser passada não no meu trabalho remunerado, mas ocupada com trabalho da faculdade. O resultado é que estou cheíssima de sono, e a preparar uma chávena de chá preto (sim, eu bebo chá mesmo no Verão. E uso o chá preto como substituto do café, que detesto) para ver se animo, que neste ponto a minha produtividade está próxima de zero. 

quinta-feira, 9 de maio de 2013

"Oh, como é divertido procurar emprego" (not)

A ansiedade pré e pós-entrevista, a frustração dos anúncios de emprego que anunciam apenas estágios não-remunerados e não empregos, a noção (tão clara) de que não se sabe nada e se vive a competir com gigantes, as perspectivas de um início de carreira que será árduo e pautado por sacrifícios que nunca imaginámos para nós. Eu, que preciso tanto, mas taaaanto de descansar, dou por mim em frente a um Verão  onde as minhas melhores hipóteses estão numa jornada diária com 13 horas de trabalho, sem garantias de nada a não ser cansaço, muito cansaço...

sábado, 4 de maio de 2013

E pronto: ontem à noite Dona Colega-de-Casa e Seu Marido presentearam-nos com nova discussão, desta vez com duração aproximada de uma hora e picos. Ela é um choro compulsivo, ele é palavras ditas entre-dentes e nomes feios (que eu felizmente não consegui ouvir, mas a tipa bem gritava "O que é que me chamaste??"), ela é "Tu vai-te embora, sai, vai embora, és um monstro!" (mas porque é que ela está sempre a correr com ele, e nunca acaba mesmo por mandá-lo embora?), ele é gavetas e portas a bater, uma musiquinha brasileira e interromper a cena (WTF?) e silêncio depois disto tudo. E eu, metida na cama, agarrada ao computador e a pensar se chamava a APAV, se me virava para o lado e tentava dormir ou se entrava pelo quarto deles dentro para os mandar calar. Acabei por esperar que se calassem para me deitar e tentar adormecer.

Devem ter começado a discutir logo a seguir ao jantar, porque acordei de manhã e a cozinha estava um caos, nem se deram ao trabalho de voltar a meter os tabuleiros do forno dentro do dito, nem lavar e arrumar os pratos, NADA. 

É que a mim nem me passa pela cabeça como é que essa gente não entende: eles moram num quarto alugado, numa casa partilhada com outras pessoas, que se calhar não querem nem têm de aturar as quezilhas deles! E nunca, nunca ouvi nenhum deles dizer "Vamos falar mais baixo/discutir para o outro lado que o resto da casa pode ouvir", não há pinga de bom senso naquelas cabeças (só Deus sabe o quanto eu odeio falta de bom senso).

É nestas alturas que me sinto abençoadíssima pelo namorado que tenho, e me apetece correr a abraçá-lo e enchê-lo de beijinhos. O maior defeito dele é ser por vezes meio autista, mas isso perdoo-lhe de boa vontade!

quinta-feira, 2 de maio de 2013

Tenho andado a conter-me, mas agora vou dizê-lo: odeio as minhas colegas de casa. Uma é uma tonta semi-bipolar que ora manda umas gargalhadinhas à histérica ora mal me fala quando dou de caras com ela e armou aqui casa com o namorado, a outra é uma labrega que ora fala mal da primeira ora está pra ali na cozinha agarrada a ela toda contentinha a conversar como se fossem as melhores amigas do mundo. Parecem-me as duas empenhadas em arranjar problemas com os senhorios, porque nós pagamos os quartos e eles não podem entrar aqui sem avisar e porque o congelador é pequeno e precisamos de uma arca frigorífica e etc etc etc. Pois, os senhorios não gostam de ter trabalho nem de gastar dinheiro, e viver num quarto alugado não é o mesmo que ter uma casa alugada, get used to it. Uma delas mora aqui com o namorado - sim, os dois num quarto alugado que é gigante mas não podem decorar à vontade, e é uma seca viver para aqui com um casalinho de namorados. Eu estou mortinha para me mudar, mas por agora as circunstâncias (€€€) não o permitem e, apesar da infelicidade que é viver num quarto que nem sequer apanha luz, enquanto cá estou sempre vou poupando dinheiro. Mas confesso que tenho uma enorme vontade de me pisgar daqui e alugar outro quarto só por mais uns meses. 

quarta-feira, 24 de abril de 2013

Há dias em que sinto que não consigo fazer nada bem. O que quer que faça nesta vida, nunca conseguirei ter sucesso nesta vida. É preciso muita presença de espírito para me convencer a mim própria que isto são só macaquinhos na minha cabeça. Porque às vezes parece mesmo que não estou a chegar a lado nenhum.

domingo, 14 de abril de 2013

Sol, namorado, um passeio a pé, jantarinhos bons,um vestido novo: tudo o que era preciso pra pôr fim a uma semana de neura insuportável.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Missão: Descansar

O trabalho da faculdade acalmou (leiam bem, acalmou, ninguém disse que acabou ainda) e os planos para hoje e amanhã são descansar, beber cházinho e pôr algumas leituras em dia que bem preciso (mas atenção, só à hora de almoço e à noite, que de manhã tem se aulas e à tarde trabalha-se). Com esta história de fazer mil coisas nunca há tempo pra ficar deitada de pés pro ar e quando o há, geralmente é tempo de procrastinação que deveria ser usado para alguma tarefa escolar ou doméstica importante. Mas hoje e amanhã não. Hoje e amanhã estou decansadinha. Dentro dos possíveis (leia-se, fora do horário de trabalho e do horário de aulas), estou descansadinha!


Livro que anda a ser adiado há MESES. Mas vá, já o estou quase a acabar.


Cosmpolitan de Abril.

Cosmo UK de Janeiro (pois, eu sei...estou há quatro meses a ler uma revista. E a entrevista com a Taylor saiu na Cosmo de Abril em Portugal).

Entre hoje e amanhã é que eu dou cabo disto!

terça-feira, 9 de abril de 2013

Faz coisa de uma semana que liguei o modo "estou farta de tudo nesta vida". Ando refilona, rabujenta, chateada, enfim, eu tento-me controlar mas não cheguem nem perto, só o respirar dos outros já me irrita! As aulas recomeçaram e isto de acordar cedo e viver na correria das aulas-trabalho-lida doméstica cansa-me, chateia-me e deixa me de mau humor. E não é só o acordar cedo, não é só o fazer mil coisas, é a frustração de saber que trabalhei e continuo a trabalhar tão afincadamente e que o me espera depois do curso muito provavelmente será não o desemprego mas o eterno trabalho no callcenter (que já é bom, eu gosto do que faço, mas não foi para isto que os meus pais me pagaram um curso, nem foi para isto que eu tanto me esforcei), ou os trabalhinhos da treta, os recibos verdes, as 9 horas de trabalho diário para ganhar 500€ (nessa não me apanham, trabalho 6 horas por dia e ganho mais do que isso), as sucessões de estágios, alguns não remunerados. Eu só pedia um trabalho full time a ganhar 700€. 700€ e eu já seria feliz, já acharia que tudo isto tinha valido a pena. Mas 700€? Aii, 700€ já é ordenado de rico. 700€ no país que temos já é uma utopia. Enfim. Só um desabafo.

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Um país inteiro licenciado ou a inutilidade do canudo

Quando as pessoas das gerações acima de mim falam sobre a educação, é fácil ver a percepção errada que têm do valor de um curso universitário. Para os pais e para os avós (no meu caso, sobretudo para os avós), uma licenciatura é uma porta aberta para uma vida que eles não tiveram mas que desejaram ter. É um passe directo para um emprego estável, das 9h às 17h, com boa remuneração e perspectivas de promoção e evolução fácil na carreira. Ter na sua esfera pessoal gente com formação superior é, para quem já passou a barreira dos 40's, um orgulho digno de ser anunciado a quem queira ouvir.

Noutros tempos, ter um curso superior era raro, era privilégio exclusivo dos mais carolas, que com boas notas conseguiam bolsas para estudar (caso da minha mãe) ou dos mais ricos, era um cartão de visita que assegurava uma entrada feliz e bem sucedida no mercado de trabalho. Hoje, já não o é. Licenciados há os ao pontapé, e as pessoas licenciam-se nas mais variadíssimas coisas. Uma pessoa entra na faculdade encantada com as mil portas que pensa estar a abrir, e logo se desencanta quando percebe que licenciada como ela há mais uns poucos milhares por ano, que é possível tirar-se um curso e acabar-se tão desempregado como os outros que não estudaram, tão mal pago como as empregadas de limpeza que têm o 9º ano tirado nas Novas Oportunidades, tão desiludido e frustrado como todos os outros.

Para a geração dos nossos avós, um canudo é enorme prova de valor pessoal, de mérito, de inteligência, de estatuto. A verdade das universidades é que toda a gente entra lá e qualquer pessoa pode ser licenciada, basta ter dinheiro. Mesmo que não se entre no curso que se gosta entra-se noutro qualquer e quando se acaba é se tão licenciado como todos os outros, quer se tenha estudado Medicina ou História da Arte Medieval. 

Quando os meus avós me dizem que a minha prioridade é estudar, que devo esforçar-me por ter boas notas que isso só me vai trazer benefícios, que os estudos são o mais importante da vida, da minha vida, eu abano a cabeça condescendentemente, lembro-me de todas as pessoas que conheço que tiraram o meu curso ou outros e que acabaram com boas notas, que foram a acções de formação, que empreenderam projectos e que acabaram não melhor que os seus pais que mal o ensino obrigatório têm, e digo que sim, pois claro, os estudos são o mais importante. A fingir que acredito mesmo que a minha licenciatura e as minhas boas notas vão mesmo ser a porta para algum sítio bom.

sexta-feira, 29 de março de 2013

Um dia...

Um dia, eu vou poder dizer que já morei num T0 com a minha avó.
Um dia vou poder dizer que já vivi em quartos alugados, em casas partilhadas com pessoas desconhecidas onde entrava e saía gente que não conhecia de lado nenhum a qualquer hora da noite ou do dia, à mercê de senhorios que dizem que disseram o que não dizem, que dizem e desdizem e se dobram ao contrário para arranjar maneira de chular mais dinheiro a uma pessoa.
Um dia vou poder dizer que morei em casas com problemas de canalização, e de humidade, e de desarrumação, e de má vizinhança.
Um dia vou poder dizer que houve uma altura em que não pude comprar tudo o que queria, nem ir a todos os sítios onde queria, porque tinha de estar sempre atenta ao dinheiro, que para além de chegar para os gastos tinha também de sobrar para as eventualidades.
Um dia vou poder dizer tudo isto enquanto estou sentada numa casinha linda, confortável, minha, rodeada de coisas lindas, compradas por mim, com o dinheiro que ganho por fazer algo de que gosto.
Um dia.
Daqui a um ano, daqui a dez anos.
É o objectivo mais forte por agora. Ter um lar, que é o mesmo que ter segurança.
E eu trabalho para que esteja cada vez mais perto.

quarta-feira, 27 de março de 2013

Ai humorzinho!

Que este tempo é chato, chato, chato, lá isso é! Não há maneira de aparecer um solzinho para poder secar a roupa e dar uns passeios sem andar com o chapéu de chuva atrás e ficar com a roupa toda empapada. E eu que tenho esta semana e meia de interrupção das aulas e parece que não vou conseguir ocupar o tempo livre a fazer nada do que goste! É um trabalho de Economia que é um monstro (não entendo nada do que é suposto fazer), um trabalho de Gestão da Qualidade que é uma seca, um teste que é uma seca também...sempre ocupada com uma coisa ou com outra! Estou a ver que estas férias vão acabar e eu nem um passeio a um sítio agradável, nem fotos com a máquina nova..que vida!

terça-feira, 26 de março de 2013

Agora que estou de férias ("férias") da faculdade tenho tido algum tempo para pensar e cada vez mais me preocupo com o que vai acontecer quando acabar o curso. Que quero trabalhar na minha área ou pelo menos em qualquer coisa que eu goste mais não é dúvida nenhuma, só que começo finalmente a confrontar-me a mim mesma com a dificuldade que vai ser arranjar qualquer coisa decente sem ter experiência de trabalho na minha área de estudos. E cá me mentalizo que vou ter de começar por estágios e coisinhas meio indefinidas até conseguir algo assim mais-ou-menos estável (e eu já considero que um contrato a termo é mais-ou-menos estável). As oportunidades, existem sim, muitas de má qualidade e em regime de precariedade mas são sem dúvida o trampolim para coisas melhores, mas eu, que já não vivo com os pais, que já construí a minha independência, que luto cada vez mais por ter o meu cantinho, tenho de ser criteriosa com o que arranjo, que não posso mesmo ficar sem tecto. Os meus colegas, que ainda vivem com os pais, que não têm sequer planos para abandonar o lar materno, que têm uma vida tão descomplicadinha, irão de certeza aproveitar muito mais oportunidades que eu. Mas eu, eu tenho de ser criteriosa, não posso ficar sem meio de sustento e a melhor oportunidade que se me depara é um estágio par-time e depois talvez um pulo em direcção a algo ligeiramente melhor. Mas a vida fica mais complicada quando não se pode experimentar empregos, estágios, saltar de empresa em empresa até encontrar algo que nos seja adequado.

Estou a ver isto um bocado sem saídas, ou talvez a única saída possível seja um cansaço maior. Mas a ver vamos. E eu sou menina de acreditar que tudo se resolve. Nem que seja mais uns meses de sacrifício e a ausência de férias de Verão só para ganhar um pouco de experiência e ver o que depois consigo arranjar. Eu a algum lado hei de dar. Sim, a algum sítio hei de chegar.

segunda-feira, 25 de março de 2013

Esta história de ter de tratar pela primeira vez do IRS sozinha está me a dar cabo do juízo. Hoje lá fui ao portal das finanças para pedir a senha para a entrega online. A coisa começou logo mal, porque aquela trampa diz que a morada que estou a inserir não bate certo com a morada associada ao meu número de contribuinte. E porquê? Porque o sistema de validação de moradas é tão inteligente que a inserção é manual e se eu insiro a morada de maneira diferente do que está lá registado, já não vai bater certo (outro dos pontos fortes da coisa é aquilo não ter um exemplo de como devemos registar a morada. Sabia lá eu que era pra pôr também o código postal!). A segunda coisinha boa foi o facto de a linha de apoio ao cliente daquilo ser paga, e eu ter gasto todo o dinheiro que tinha no telemóvel a ligar pra lá e acabar só com o assunto semi-resolvido porque a chamada caiu (fiquei sem saldo!!!).

Resolvida a questão da morada com um telefonema à mamã, que lá me explicou como tinha posto a nossa morada na última declaração de IRS, consegui-me registar para pedir a senha. Eis então que recebo no telemóvel uma sms com um código para ir validar o meu número de telemóvel no portal. Ora acontece que a confirmação de contactos é uma funcionalidade de acesso a utilizadores registados, e eu não consigo validar o meu número sem ter a minha senha, que só vai chegar por carta daqui a 5 dias úteis, e agora estou pra aqui a pensar se preciso mesmo de validar primeiro o meu telemóvel antes de poder receber a senha, e que se calhar era bom ligar pra linha de apoio ao cliente a perguntar o que faço agora, mas que nem isso posso fazer que já não tenho dinheiro no telemóvel!!!

Eu estou mesmo a ver que vou ter de perder um dia inteiro metida no raio de uma repartição das finanças só para pedir a porcaria da senha! O problema é que eu não tenho tempo pra isso!! Eu estudo e trabalho, passo cerca de 14 horas por dia fora de casa, agora até estou de férias da faculdade durante uma semana mas mal volte às aulas tenho dois trabalhos e um teste à minha espera, eu não tenho tempo para estas aventuras!! Eu quero ser boa cidadã, quero pagar o que devo,mas vocês tornam isto tudo tão difícil!!! Porque é que não podia ser tudo simplesmente retido na fonte??? Mas porque não caraças??????????  Aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii!

sábado, 16 de março de 2013

Porque é que a loiça para lavar tem o dom da multiplicação?
Porque é que faz mau tempo precisamente na altura em que mais precisamos de lavar roupa?
Porque é que o aspirador é um veículo tão grande e difícil de manobrar?
Porque é que na melhor toalha de cozinha cai a nódoa mais difícil de limpar?
Qual a atracção secreta entre o pó e os móveis?
A roupa não poderia simplesmente arrumar-se sozinha?
Não se pode mesmo atirar com a roupa indiscriminadamente para a máquina de lavar?

Apenas algumas dúvidas existenciais.

terça-feira, 12 de março de 2013

Dia de folga do trabalho

Pareciaaa.

Passei a tarde toda ocupada com um trabalho da faculdade para apresentar amanhã, limpeza da casa, dobragem e arrumação de roupa, jantar para mim e para o homem e demanda infrutífera por um estendal portátil nas lojinhas aqui da zona. E chama-se a isto dia de folga.

domingo, 10 de março de 2013

Acabei de chegar à conclusão de que uma mulher asseada e responsável gasta, sensivelmente, duas horas do seu dia em tarefas relacionadas com a lida doméstica. Estamos a considerar a preparação de uma única refeição por dia (ao fim de semana serão duas; e estou a partir do princípio de que o almoço é tomado no trabalho), subsequente limpeza da louça usada e de toda cozinha (eliminação completa de vestígios de nódoas de comida do fogão, lava louça, toalha de mesa, chão e etc.), arrumação da dita louça nos respectivos armários e gavetas (mulher asseada não deixa louça no escorredor), um banho diário e subsequente arrumação da casa de banho e roupa usada (atirar as meias sujas para cima da cadeira do quarto não conta!), fazer a cama e arrumar/limpar aquelas pequenas coisas que frequentemente aparecem fora do sítio/sujas sem que ninguém perceba o que aconteceu (umas manchas escuras no chão do hall de entrada, uma almofada fora do sítio, um tapete cheio de pó). Vamos partir do princípio que a dita mulher asseada e responsável gasta 9 horas do seu dia no trabalho (preguiçosa, hoje em dia trabalhar 9 horas é pra fraquinhos), mais 2 horas em deslocações (ir-para-o-trabalho e voltar-do-trabalho-para-casa, 1 hora para cada lado), ora com as duas horas de trabalho doméstico já vamos em 13 horas do dia ocupadas. Que acontece às restantes onze horas do dia? 7 delas serão sensatamente gastas a dormir (e eu estou a ser sovina; qualquer pessoa adulta saudável deveria dormir no mínimo oito horas por dia), portanto já só sobram 4 horas. Atendendo ao facto de que 5 dias da semana exigirão a realização de tarefas de lavagem, secagem e engomagem de roupa ou visitas ao supermercado, o que ocupa aproximadamente 1 hora, sobram apenas 3 miseráveis horas para actividades lazer.

Posto isto, tenho a dizer que eu não quero ser uma mulher asseada e responsável. Quero uma mãe que trate de tudo por mim ou um trabalho que não me ocupe mais que cinco horas do dia. Se faz favor e obrigada.

sábado, 9 de março de 2013

É possível que eu esteja a ficar velha. A alegria do dia de hoje foi ir ao mercado comprar filetes de peixe espada branco, e saber que hoje ao almoço vou comer peixinho acabado de apanhar há umas horas (confio eu que assim seja!). A segunda alegria do dia foi comprar uma panela com antiaderente decente. Agora tenho fé que o arroz não cole pelos cantos como acontece nas panelas de alumínio rasca que tenho cá por casa. A terceira alegria foi ter-me apercebido que hoje ainda não choveu e que está um solinho bom e que se calhar dava pra lavar os panos da cozinhar e secar alguma coisa (esta terceira alegria rapidamente caiu por terra quando fui ao site do Instituto de Meteorologia. É que hoje à tarde chove).

Fiquei de tal forma abatanada com o que paguei pelos filetes de peixe espada que saí do mercado sem espreitar as ervas aromáticas, tão difíceis de comprar a granel no supermercado. Se não o dia teria tido uma quarta alegria. 

Mas eu tenho 21 anos. Quase 22. Devia ficar feliz por curtir com alguém numa discoteca, não por ir comprar peixe fresco. Mas não faço nenhuma das duas coisas, nem curtir com gajos, nem ir à discoteca. Isto em parte porque ao Sábado tenho de acordar cedo para ir ao mercado, e em parte porque já tenho namorado.

segunda-feira, 4 de março de 2013

Como não bastasse o ter deixado ontem roupa estendida lá fora e algures durante a noite São Pedro ter-se lembrado que estava chateado com os lisboetas, ter vindo para casa "abrigada" deixado de um guarda chuva que insistia em virar-se ao contrário, ter tentado dar com o secador na roupa na esperança de que ela passasse do estado "encharcada" a "húmida" e ter acabado com roupa pendurada na cabeceira da cama em estado "ligeiramente encharcada" e estar sem luz no quarto desde Sábado, deixei o telemóvel do meu namorado cair na sanita. Estou a tentar resolver a coisa sem que ele descubra. A verdade é que o aparelho, quando o tirei da sanita, estava a funcionar (ou pelo menos parecia estar, se bem que aquela coisa já não está bem a 100%), mas entretanto ficou sem bateria, liguei-o ao carregador, aquela luzinha de "bateria em carga" acendeu-se, eu por momentos fiquei aliviada e feliz, entretanto peguei nele para o ligar e nem sinal de vida. Tenho sinceramente medo que tenha estragado o bicho de vez. Nas minhas mãos aquele aparelho já foi ao chão umas duzentas vezes, sempre sem o conhecimento do rapaz como é óbvio, não é culpa minha ter nascido mãos de manteiga. E eu até já deixei cair o meu Nokia touch na sanita, e ele voltou a funcionar (é o que dá ter as coisas nos bolsos do casaco quando se vai à casa de banho). O do meu namorado é um Nokia velhinho, já a cores mas velhinho, por isso estou com fé que se o meu touch resistiu, o dele também resiste, afinal uma pessoa quando compra um Nokia está à espera de uma coisa que sobreviva a uma ogiva nuclear. Não está à procura de um software espectacular, montes de aplicações fixes e mil funcionalidades que nunca na vida há de usar, mas sim de resistência - é essa a imagem de marca da Nokia. E por isso eu tenho fé que o bicho recupere. E tem mesmo de recuperar.

O que vale é que tudo se resolve. Quando deixei cair o meu telemóvel na sanita um amigo meu que estuda informática disse-me que leu no site da Nokia (estão a ver o esquema? um amigo meu que estuda informática disse que leu no site da Nokia...) que se um telemóvel caía dentro de água o melhor a fazer era desmontá-lo todo e metê-lo dentro de uma caixa de arroz, porque o arroz absorve bem a humidade. O menino do meu namorado já está desmontadinho e metido na caixa de arroz, isto depois de ter levado assim ligeiramente com o secador. E a minha pessoa já foi ao Continente consolar-se com uma tabelete de chocolate. Daquelas que apesar de saberem bem me fazem dores de barriga. Por isso eu sinto-me assim ligeiramente pior que há uma hora atrás, quando não estava metida na casa de banho a enfiar o braço dentro da sanita. Mas eu tenho fé na Nokia. Ponho nas mãos deles a minha vida. E se me desiludem volto à Sony Ericson. A sério que volto.

Falta pouco

Em Junho estaremos todos licenciados e tudo o que se fala na minha turma anda à volta da pergunta da praxe: "Que vais fazer a seguir?". E não foram uma, nem duas, nem três as pessoas que me encorajaram a fazer mestrado. Inclusivamente os professores me dizem que devo fazê-lo e que esperam ver me por aí num mestrado. Mas não vai acontecer. E estou tão certa sobre isso que não deixo que ninguém me faça sequer repensar a escolha. Estou cansada. Cansadíssima. Isto de trabalhar, estudar e ser dona de casa é para lá de exaustivo. E eu sinto que estou a caminhar ali mesmo pertinho do meu ponto de exaustão. É o mau humor crónico, a dificuldade em adormecer, as olheiras, o cansaço extremo, tudo o que me mostra claramente que mais um bocado e a corda parte. A vontade de atirar os livros ao ar e deixar os professores ir pregar a peixes diferentes fala alto, muito alto. E a vontade de deixar os quartos alugados e passar às casas alugadas é muita, muita mesmo. Não paro de sonhar com decorações, sofás, almofadas, electrodomésticos, não paro de sonhar com as coisinhas boas que vou cozinhar quando tiver uma cozinha decente só para mim e tachos e panelas que sejam meus, escolhidos por mim e de boa qualidade. A vontade de estudar também existe, mas a vontade de continuar a ter aulas e trabalho todos os dias é nula. E fala muito mais alto.

Por isso não, eu não vou fazer mestrado. Acabou-se a vida de chegar a casa às onze da noite e ainda agarrar nos livros para ir estudar até às tantas, acabou-se a alimentação exclusivamente à base de fritos e porcarias nas épocas de exames e as pilhas de roupa que se acumulam por todo o lado quando para além do emprego também há trabalho da faculdade para fazer. E eu só quero que Junho chegue para poder respirar novamente.

sábado, 2 de março de 2013

Tenho tamanha facilidade em baralhar-me a mim mesma que consegui perder-me nas ruas de Lisboa  no street view do google maps. A sério.

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Sempre há aquelas alturas da vida em que deitamos as mãos ao ar e perguntamos "porquê eu? porquê a mim? porque tem de acontecer sempre comigo?". E apesar de sabermos que não é só a nós que acontece, que isso da autocompaixão só faz é mal, apesar de sabermos que estamos a ser exageradas, não dá para evitar a lagriminha ao canto do olho. Estar sozinho é assustador e nunca podemos ter a certeza se a nossa decisão foi a acertada. Ou às vezes sabemos, mas estar sozinho custa simplesmente demasiado.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

Marissa Mayer vai obrigar os funcionários da Yahoo! a trabalhar no escritório. Como alguém que estuda na área dos Recursos Humanos, não posso deixar de aplaudir esta medida. A tecnologia separa-nos, faz com que pessoas que estão fisicamente perto estejam mentalmente longe. Também faz o contrário, aproxima quem está longe, mas tem cada vez mais tendência a fazer o que referi primeiro. E a ideia de que o trabalho funciona melhor quando trabalhamos lado a lado e de que precisamos de conhecer os nossos colegas e encontrar-nos com pessoas no café e na fila para a cantina e de que uma série de interacções espontâneas e não planeadas podem contribuir imenso para a criatividade, para o desempenho e para o bem-estar, é bonita, acertada e devia ser defendida por mais empresas.

Não vou dizer que não estamos perante uma faca de dois gumes, porque o trabalho à distância permite uma flexibilidade que nunca existirá dentro do escritório. E se aplaudi a medida, não posso dizer que estou 100% de acordo, mas tendencialmente a favor.


Mas vou citar o que foi dito pela Diretora de RH no email para que possam compreender de onde surge esta medida:

“Para nos tornarmos no melhor local para trabalhar, a comunicação e a colaboração serão importantes, por isso temos de estar a trabalhar lado a lado”, lê-se na nota. "É por isso que é crucial que estejamos todos nos nossos escritórios. Algumas das melhores decisões e análises vêm de discussões no corredor e na cafetaria, de conhecer novas pessoas e de reuniões improvisadas de equipa. A rapidez e a qualidade são frequentemente sacrificadas quando trabalhamos a partir de casa. Precisamos de ser um Yahoo!, e isso começa por estarmos fisicamente juntos”.

domingo, 24 de fevereiro de 2013

Mulheres que não gostam de cozinhar

Vejo cada vez mais mulheres que não gostam de cozinhar. Falo de mulheres, porque pelo estereótipo tradicional são elas quem cozinha, e as queixas que tenho ouvido vêm delas. Não apenas de mulheres jovens, mas também de mulheres que já vão nos seus 40's. Não deixo de ficar um bocadinho de triste sempre que oiço estes queixumes. Cozinhar é, para mim, uma actividade bonita, para ser feita com carinho e paciência, um acto de amor. Que há pouca coisa tão deliciosa neste mundo como um forno que brilha com uma linda peça de lombo de porco a assar lá dentro, um tacho que fervilha de molho de tomate, uma cozinha que cheira a tarte de maçã e canela. Mas acho que hoje um dia vivemos tão atarefadas, especialmente nós, as mulheres, tão espremidas entre os papéis de mãe, mulher de carreira, esposa e filha que nos sobra pouco tempo para aproveitar esse espaço tão bonito que é a cozinha (e eu escrevo isto sentada numa cozinha bonita, arejada e cheia de sol). E a facilidade do take-away tornou o acto de cozinhar em qualquer coisa de descartável, não é preciso andar à roda de tachos e panelas quando se pode ir buscar algo já feito. Mas sempre que penso nos take-away penso no que dizia sobre os frigorifícos uma das minhas bisavós, que na altura em que não havia coisas dessas comia-se tudo na época certa e tudo tinha gosto, agora as coisas compram-se, guardam-se no frigorífico e comem-se fora da época, nada tem sabor. É o que nos faz o take-away. Compra-se tudo já feito e nada tem um sabor nosso, personalizado. É tudo feito em massa e para ser consumido por massas.

Também eu, que gosto de cozinhar, muitas vezes não o faço com o carinho e atenção que deveria porque vivo "espremida" nesta vida de trabalhadora-estudante e dona de casa, porque não vivo numa casa minha onde me sinta à vontade para cozinhar, porque é uma cozinha partilhada, tachos e panelas partilhados. Mas longe de mim ir buscar qualquer coisa feita ao Continente ou ir comer fora todos os dias. É a tristeza desta vida moderna onde não existe tempo para nada e vivemos sobrecarregados com o peso de ter de fazer mil coisas diferentes. Realizamo-nos num lados, perdemos noutros.

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Chegou aquele momento em que me apercebo que toda a gente está grávida menos eu. E que eu bem queria ter um bébe. E que já só sonho com bébes. E que como não faço sexo é tecnicamente impossível ter bébes e que nem sequer é a altura certa. E que ontem foi dia dos namorados e amanhã é o aniversário dele por isso se calhar não é a melhor altura para fazer uma cena ao namorado. Ai a minha vida.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Feliz dia de São Valentim

...para vocês, que eu acordei com um ataque de alergia que me fez perder a esperança no amor, na vida e em tudo o resto.

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Esta vida

Na vida temos de nos mover depressa. Precisamos sempre de nos antecipar. Quando não nos antecipamos, temos de nos mover mais depressa ainda, apanhar o comboio em andamento é um desafio. O que me trava é, sempre, o medo de mudanças. Sempre o medo de mudar, normal, penso eu. Mas pode paralisar-me se eu deixar. Mas eu não deixo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Tenho o azar de a mãe do meu namorado trabalhar num restaurante, o que significa que é exímia cozinheira, e que o rapaz está habituado a comidinha da boa e da melhor. Eu nem sou má cozinheira (ou pelo menos não o era, nos tempos em que tinha uma cozinha verdadeira e não esta treta de cozinha pré-fabricada com fogão portátil e mini forno eléctrico), mas ao pé da mãe do meu namorado é claro que não passo de uma aspirante muito mázinha. Se quisermos pôr a coisa em metáforas, a mãe dele é um restaurante estrela Michelin e eu sou uma tasca de berma de estrada no Canal Caveira - consola o estômago e ninguém sai de lá insatisfeito, mas vai se lá por conveniência, porque é a coisa que está mais à mão quando se pára o camião para fazer uma pausa na viagem a caminho do Alentejo, ninguém suspira por lá voltar. Ainda bem que o moço engraçou logo comigo, porque qualquer tentativa de o conquistar pelo estômago seria uma anedota falhada. Ontem, na minha melhor boa vontade, tentando mostrar-me namorada disponível e prendada, cozinhei-lhe uma lasanha. Depois de olhar para aquilo percebi que o namoro estava por um fio. Logo por azar, o queijo ralado que pus por cima é de uma espécie que ele não gosta. Também não acertei no queijo que ele normalmente gasta, nem no tipo de hamburgueres que gosta (vou parar de chorar agora). Ele diz que gostou da lasanha, que apesar do queijo estava boa, mas cheira-me que havia ali um toque de insinceridade. E eu nestas coisas sou daquelas raparigas à moda antiga que acha que uma mulher deve saber fazer um assado no forno e preparar um fricassé de galinha. Olhei para a minha lasanha e lembrei-me da minha avó, também ele excelente cozinheira, e lembro-me que um dia lhe perguntei como é que ela cozinhava tão bem. Ao que ela respondeu que quando casou não sabia cozinhar nada e que andava sempre com os livros de culinária para trás e para a frente e que foi aprendendo sozinha. Por isso, não vou desistir. Esta rapariga vai se tornar excelente cozinheira e preparar travessas de bacalhau com natas de fazer chorar um santo. Em honra à minha avó, eu não vou desistir.

terça-feira, 15 de janeiro de 2013

Quatro exames e um funeral

Meia hora antes de um exame a minha mãe liga-me a informar que a minha avó morreu. Fiz o exame rápido, correu bem, sempre a pensar que foi melhor para ela, que já estava há tanto tempo doente, que não ia voltar a ser feliz. Não me apercebi que estava triste até ter ligado para o trabalho a pedir para não ir trabalhar hoje, e ter chorado pela primeira vez. A morte é algo de tão comum, mas quando acontece nunca sabemos como reagir. Quinta-feira vou a um funeral e horas depois tenho o último exame, tão importante para mim porque é a recta final do curso e estou com boa nota àquela cadeira, e não sei como me vou sentir porque nunca fui a um funeral e creio que ver o corpo de alguém que já não é custa mais do que pensar que essa pessoa morreu. Não sei o que se passa mas neste mês a vida teimou mesmo em atirar tudo para cima de mim ao mesmo tempo. 

domingo, 13 de janeiro de 2013

Chegar a casa depois de finalmente ter encontrado as pecinhas que queria nos saldos. Dia péssimo no trabalho. Dor de estômago. Ter de pegar nos livros e estudar. Vontade de chorar. Muita. Passe a tudo à primeira ou não eu quero que esta época de exames acabe. Depressinha sff.

sábado, 12 de janeiro de 2013

Fiz ontem um daqueles exames em que nos perguntam o nome do autor da Teoria X, as duas dimensões da Teoria Y, e a seguir estamos à espera que nos perguntem em que data desapareu D. Sebastião, e nos questionamos à nós mesmos se isso estava sequer na bibliografia da cadeira e de que modo isso valida a nossa aprendizagem.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Eu tenho a cabeça feita em papas. Tudo o que queria neste momento era não ter de fazer mil coisas ao mesmo tempo (trabalhar, estudar para os exames, cuidar da casa), ou pelo menos ter mais apoio para aquilo que faço ou tento fazer. O primeiro exame correu pessimamente mal, estou meio assustada com este próximo que parece ser um puro teste à minha capacidade de memorização, que vai mirrando a cada dia, quanto mais eu faço, quanto mais eu estudo, quanto mais eu trabalho, quanto mais coisas tenho para me concentrar e recordar mais vou esquecendo. É tão difícil parar e concentrar-me realmente naquilo que estou a fazer no momento, sem estar já a pensar no que tenho de fazer a seguir e depois disso e daqui a uma semana. Muito cansaço e vontade de diminuir responsabilidades e obrigações, é o que tenho nesta hora.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Eu não acredito sequer nas medidas que aquela coisa estapafúrdia chamada FMI propõe agora. Matem-nos, esfolem-nos, façam de nós um bando de prostitutas baratas, é praticamente o que somos. Mais um pouco e estamos a trabalhar por 0€ (e já há quem o faça, com meses de salário em atraso). É isso que nos torna competitivos; não a educação, não a competência, não as nossas habilitações académicas, ameaçadas com a previsão de um sistema educativo pago em partilhado (para quem ainda não percebeu, o Sr. Passos Coelho quer sempre dizer exactamente o oposto daquilo que diz, por isso preparem-se para escolher entre alimentar as crianças ou mandá-las à escola) e agora com cortes estrondosos. E nós aqui, tristes e sem coragem, de correr o Governo, de dizer realmente não a estes abusos, de seguir o exemplo da Hungria e da Islândia, países que recusaram abertamente esta palhaçada e seguiram um caminho de crescimento e consciência social. A ser levada para a frente alguma destas medidas, é desta que morremos.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

I'm in love



Chegaram hoje os meus novos babies da Calçado Guimarães. Nunca fiquei tão feliz por ouvir o Senhor dos Correios tocar à porta. As minhas novas meninas são lindas e pelo tempinho que as tive nos pés, cheira-me que são confortáveis. A Calçado Guimarães tem muito bons preços e a minha avó sempre me disse que é sapatinho de boa qualidade, que eu assim espero que seja, que estes meus pézinhos de princesa são extremamente sensíveis e há pouca coisa que não magoe aqui e ali e acolá e à frente e atrás e em todo o lado. Por agora, só posso dizer que estou muito contente com a aquisição e como a loja está em saldos, é mesmo de aproveitar :)

domingo, 6 de janeiro de 2013

The Power of Introverts - Ep 1



É talvez o melhor vídeo que vi nos últimos tempos. Sem dúvida que vivemos numa cultura que promove e valoriza a extroversão. É suposto sairmos à noite todas as sextas feiras. É suposto embebedarmo-nos. É suposto termos mil amigos. É suposto interagirmos com quem conhecemos e não conhecemos, numa festa, numa aula, na paragem do autocarro. E o que acontece a quem não gosta de sair à noite? O que acontece a quem não bebe? O que acontece a quem prefere ter dois ou três amigos próximos? A quem não tem o mínimo interesse em interagir com estranhos, especialmente quando nos bastou ouvir aquela pessoa falar durante 5 minutos para perceber que não vamos gostar nem um bocadinho dela? Que é feito de quem acha que a noite de 6ª foi inventada para ser passada a dormir? Somos estranhos, anti-sociais, desajustados, e uma seca de pessoas. Aproveitar a vida significa coisas tão diferentes para cada um de nós que é estúpido pensar que o entretenimento possa ser produzido estilo chapa 5. Que todos vamos gostar de ir a uma festa, a um concerto, a um jantar de anos. Gostar de ter o nosso cantinho faz de nós a ave rara lá do sítio, em cada sítio. E as pessoas extrovertidas têm muito mais facilidade em subir na vida, em ganhar um emprego, uma promoção, oportunidades. O que há a entender é que a introversão é simplesmente um traço de personalidade que não exclui nenhum outro. Simpatia, sentido de responsabilidade, compaixão e humor podem existir num introvertido e num extrovertido, em iguais partes. Os nossos níveis de tolerância ao estímulo são naturalmente diferentes. Não devemos ser julgado e apelidados de mil coisas só por preferirmos uma noite a ler um livro a uma noite numa discoteca.

sábado, 5 de janeiro de 2013

2013

2012 foi um ano agridoce. Daqueles estilo montanha russa, realmente cheios de altos e baixos. Onde a cada alto corresponde um baixo. Após cada subida, uma descida. Nada vem sem a sua contrapartida. 2012 foi, no geral, um ano bom. Conheci alguém por quem me vim a apaixonar, não sem antes me ter desapaixonado por outro alguém por quem o coração já doía há tanto tempo. Ganhei imensa autonomia e com ela uma paz de espírito muito maior. Tenho mais dinheiro do que o que tive alguma vez antes. Mas tudo o que se revelou bom soube primeiro a fel, e tudo o que parecia bom revelou-se uma faca de dois gumes. Tenho passeado perto do meu limite da exaustão. Não tive férias. Tive o pior dia de aniversário de sempre. Chorei muito, antes de conseguir esboçar finalmente um sorriso sincero. "Toda a escolha implica uma renúncia", disse-me alguém um dia. Toda a felicidade traz o seu quinhão de tristeza. Nada do que é bom vem sem esforço, sem luta, sem contrapartidas. 2012 foi um ano duro, mas foi um ano bom, descobri aquilo a que dou valor e a quem devo dar valor, descobri que devo ter paciência, porque as coisas boas andam disfarçadas. E 2013 começou bem, muito bem mesmo. E espero que assim continue. Não espero caminhar sobre nuvens de algodão doce porque isso em 2012 não aconteceu, mas que seja pelo menos um ano tão cheio de realizações pessoais como o anterior. E um feliz 2013 a toda a gente.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Eu cá continuo a adorar a roupa da Blanco, mas não há dúvida que aquilo é uma bostinha. Mais uma vez comprei uma peça que passado o primeiro uso já estava a puxar fios, a perder botões e a descoser. É pena que em termos de design seja a loja que tem as roupas mais giras porque em qualidade é das piores.