sábado, 4 de maio de 2013

E pronto: ontem à noite Dona Colega-de-Casa e Seu Marido presentearam-nos com nova discussão, desta vez com duração aproximada de uma hora e picos. Ela é um choro compulsivo, ele é palavras ditas entre-dentes e nomes feios (que eu felizmente não consegui ouvir, mas a tipa bem gritava "O que é que me chamaste??"), ela é "Tu vai-te embora, sai, vai embora, és um monstro!" (mas porque é que ela está sempre a correr com ele, e nunca acaba mesmo por mandá-lo embora?), ele é gavetas e portas a bater, uma musiquinha brasileira e interromper a cena (WTF?) e silêncio depois disto tudo. E eu, metida na cama, agarrada ao computador e a pensar se chamava a APAV, se me virava para o lado e tentava dormir ou se entrava pelo quarto deles dentro para os mandar calar. Acabei por esperar que se calassem para me deitar e tentar adormecer.

Devem ter começado a discutir logo a seguir ao jantar, porque acordei de manhã e a cozinha estava um caos, nem se deram ao trabalho de voltar a meter os tabuleiros do forno dentro do dito, nem lavar e arrumar os pratos, NADA. 

É que a mim nem me passa pela cabeça como é que essa gente não entende: eles moram num quarto alugado, numa casa partilhada com outras pessoas, que se calhar não querem nem têm de aturar as quezilhas deles! E nunca, nunca ouvi nenhum deles dizer "Vamos falar mais baixo/discutir para o outro lado que o resto da casa pode ouvir", não há pinga de bom senso naquelas cabeças (só Deus sabe o quanto eu odeio falta de bom senso).

É nestas alturas que me sinto abençoadíssima pelo namorado que tenho, e me apetece correr a abraçá-lo e enchê-lo de beijinhos. O maior defeito dele é ser por vezes meio autista, mas isso perdoo-lhe de boa vontade!

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